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quarta-feira, maio 16, 2012




Navalhadas Curtas: Vagabunda Informal no terror

Não me interesso em julgar ninguém. Cada um que cuide da própria merda, enquanto todos vamos sendo empurrados para o buraco. Não é romântico, mas verdadeiro.
Quando a olhei encostada na parede, cigarro na ponta dos beiços, aquela pintura pesada de Monalisa de ressaca, entendi no erro a disposição: Puta pensei. Fiquei até com vontade de perguntar se ela aceitava banricompras... mas lembrei que gosto de putas que não cobram...
Bem ou mal sempre tem um preço... todos temos.
Então como uma catástrofe eminente, a mulher desaba no chão... a alguns passos de mim, estrebuchava numa convulsão incrível. Mais rápidos que um jato de porra, apareceram varias pessoas que a ajudaram... filme, a cena da vida real, sem dublê.
Fiquei olhando de longe.
Vi o rosto dela se transtornando, borrando toda aquela maquiagem, entre lagrimas, ranho, suor e baba, desfazendo as formas humanas, agora ela não parecia mais humana... era um animal abatido, lutando com um inimigo sem sombras...
Fiquei com aquilo na cabeça... quando fui me afastando. Puta que pariu, não é preciso muita coisa para que nós nos transformemos em nada...

Luís Fabiano.

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