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quarta-feira, abril 25, 2012



- Hipócritas e outros tipos de canalhas -

Tão forte, tão fraco
Tão débil...tão ligado...
Eles vão invadindo espaços
Como cometas alucinantes do erro
Palavras fáceis e fluentes do encanto fingido
Serpentes enrodilhadas no coração puro

Até gostaria deles se fossem o que fossem
Mas não... eles cansam... eles desistem, eles são bussolas sem destino
O vírus, a bactéria, o engodo de um amanhecer catastrófico
As vezes falam comigo, mas não sei o que esperam
Nada tenho a oferecer
Sou um entre tantos nadas, tentando aprender a me tornar bêbado
E sorrir eventualmente com aqueles poucos que amo

Tão forte, tão fraco
Tão débil, tão ligado...
Ando pelas ruas, pelos hospitais e manicômios
Vejo vitimas de si mesmo como uma ópera sem público
Gostariam de fugir desesperadamente em dias difíceis
Como qualquer um...
Mas existe a síndrome de herói... heróis de pés de barro
Então permanecem até o fim... e as vezes dá certo
O aborto não acontece, e mães são felizes

A paz galga uma montanha difícil
Como um condor ferido na agonia silenciosa
Nossas feridas também ecoam a beira do abismo
Mas seguimos em frente
Não se perca... não fraqueje... não abandone
Isso é o que é, um entre tantos
Sonhos carinhosos, a cabeça reclinada sobre o ombro
Eles estarão à espreita sempre
Eles não são importantes

Gritos distantes dizem
Que tudo já não é tão forte... tão fraco
E ainda continuamos débeis... e tão ligados
Eles espreitam... mas nós também.

Luís Fabiano


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