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quinta-feira, dezembro 22, 2011



Gazela do amanhecer – Fendas das escuridão

Ela surgiu como uma utopia
Excessos desmedidos em um corpo grande
Um metro e oitenta e sete de alegrias e transtornos
As vezes eu olhava pra ela e pensava segurando os culhões inchados:
Isso é incrível, uma égua violenta e minha...

Mas tinha a outra parte... a pior
Tentava controlar meus impulsos sacanas
Castrar meus cometas cintilantes
Cercear minha merda e capturar o frescor da manhã
Para que sentisse feliz
Então brigávamos um pouco
Até coisas voarem pelo ar...
A doce vida

Quando se tem muitos amores
É preciso apreciar as falhas fluorescentes do encanto
Que moldam a paisagem do paraíso ideal
Um silencio depois do terremoto
Ela vinha com suas pernas compridas de gazela
E tudo acabava como tinha que ser
Eu enfiando meu cipó nela...
Bombeando porra industrial...

Carícias de uma gata ao amanhecer
Seu pulo no meu horizonte
Com as pétalas rubras e orvalhadas do hoje
O sublime engolindo o horrível
E a vida mergulhando enfiada
Nas dobras do destino.

Luís Fabiano.


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