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domingo, dezembro 18, 2011

Filetes de sangue – 9


Ela anunciou sua doença com o olhar típico da derrota. Sou de um temperamento frio o suficiente para não perder a razão. Trocamos um olhar longo, entremeado de lagrimas, como se soubéssemos da inutilidade de lutar... estaríamos mortos em vida? Não havia escolha?

Então a abracei-a mais forte que pude... quero transporta-la para dentro de mim... aperta-la contra meu coração... arrancar a chaga que a levaria eu querendo ou não. Ela quis me dizer quanto tempo... mas neguei... o que temos é eterno, pouco importa que os dias escorram em uma ampulheta macabra... criminosa... ladra.

Não me importa o tempo... não me importava nada... eu ficaria ali... uma estatua de emoção... congelado vivo num indevassável sentimento... chorei um pouco mais.

Luís Fabiano.

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