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segunda-feira, dezembro 12, 2011



Eles falam em mim

Não sei quem são eles
Quando os vejo falar comigo
Minha parte pior ou melhor
Alguns com mais alma
Etéreos humanos do nada
Vapores comoventes do meu coração

Talvez seja assim
O verbo errante
Pureza destilada
Morre-se um pouco para dar vida
O sacrifício incontido pelo amor
A dor sem dor
Eles me olham nos olhos

Sou o pai maldito e obsceno
Arrancando os filhos de minhas entranhas
Merda e sangue
Meu devaneio feito vida
Minha vida feito sonho
Sonho a flor erguida
Minhas sementes entregues a si

Enquanto o não eu é um fantasma
O verme do encantado e translucido
Fundindo aos anseios do anjo
Na vulgar beberagem de sorver a vida
A emulação plasmando o espírito.

Luís Fabiano.



Ps – acordei bêbado entre sonhos difusos, sei lá que merda era aquela... mas aqueles caras não eram boa gente.

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