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quarta-feira, setembro 21, 2011


Navalhadas Curtas: Gotas de porra ilusória


Fui ao banheiro ter meu momento de rei, enquanto lia uma carta. Ela me enviou uma carta de verdade. De papel perfumado e tudo, letras mal traçadas em linhas de agonia precisas. Achei horrível para ser sincero.

Vivemos hoje em um maldito mundo, onde não se pegam coisas de verdade... dinheiro... fotos... documentos e certificados... tudo é virtual e distante, algumas pessoas também.

Aquela carta era uma afronta dupla. Nela o conteúdo bizarro, sugeria viver uma mentira. Ter um relacionamento falso, sem sexo, longos papos filosóficos, uma brincadeira de adultos, sem graça. Ela parecia emocionada.

Não tenho nada contra mentiras. Mas não tava a fim de fazer coisa alguma.
Nada de mentir que meu pau se ergueria majestosamente sem vontade, ou que a sua xoxota tem uma cascata inesgotável de prazer, que tudo isso bastaria. Besteira, não basta.

Fiquei olhando a carta, cheia de sentimentos notáveis da raça humana... mas foda-se. Um cadáver não sorri, um natimorto não chora, um peido se perde em uma noite cheia de estrelas.
Aquele papel perfumado e macio da carta determinou o seu fim. Limpei o rabo com os sentimentos dela.

Luís Fabiano.


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