Pesquisar este blog

sábado, agosto 20, 2011


Calcinha preta de renda

Ela esmurra a vida
Tentando devolver os golpes
Fica linda em sua dor
Dos olhos uma nascente
Da inquietude do coração
Navegador solitário em alto mar
O vento que ainda não chegou

Mais um round
Não sabe se continuará de pé
Nunca sabemos essas coisas
E tudo que temos
Nossa vontade inquebrável como as ondas incansáveis
Uma luta contra quem?
Sobreviver hoje e amanha também
Agarrado a fiapos de esperanças cintilantes do amanha
Ela resiste

Fica linda em sua dor
Entre o véu de suas lagrimas
Dentro de suas calcinhas pretas
Andando na minha frente assim de um lado para o outro
Não sei o que é exatamente
Tenho vontade de penetrar-lhe a alma
Injetar a porra mais profunda do que reverbera em mim
Germe de vida sem cauda
Misto de minhas paixões e loucuras
Fazer casa entre suas tetas
Bicos mais duros que titânio

Outro round
Ela respira fundo e agora sabe
É preciso resistir, assim se vence a luta
Resistir com todas as forças
E mesmo que tudo pese
Pois a vida ama quem resiste
Busca forças naquilo que lhe move a alma
A âncora imponente
O porto seguro das bênçãos
Enquanto o ultimo round não chega
O gongo ainda não tocou.

Luís Fabiano.

Nenhum comentário: