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quarta-feira, agosto 31, 2011

“ Bundófilo “

Eu que não sabia de mim
Como ideia sem eco
Corpo sem alma
Olhos que dançam nas órbitas
Perseguindo-a incansável
Gingando malemolência
A cada passo

Ela anda com graça e descaso
Saltos altos que quicam
Como a força de ovos que se quebram
Ela mexe a promessa do paraíso
O berço das agonias
Hipnotizando-me em selváticos desejos

Sou isso e nada mais
Animal no cio eterno
Cavalo excitado com o cheiro de sua égua
A verga que desponta desafiadora
Aos olhos de Deus
Ela requebra sem requebrar nos passos discretos
A bunda magica dos meus sonhos
Que peide, cague e feda sem fim
Mas que ame
Tanto quanto eu a amo

Desnuda e cega
És treva do esplendor
Inspiradora de minhas punhetas sem fim
Alegria e regozijo dos meus desalentos
Pois descobri o que sou...
Nos errantes descaminhos do querer
O Bundófilo de alma...

Luís Fabiano.

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