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segunda-feira, junho 27, 2011


Navalhadas Curtas: Casa grande


Ela sorria feliz satisfeita, me mostrando a casa ampla, bonita, casa nova e confortável. Eu era um verme melado e molengo, andando por aquele corredor tão limpo, eu antagonismo mais profundo, uma organização que daria inveja ao caos da criação divina.

Estava convicta que tais coisas me seduzem, aceitei o jogo das aparências, pois sempre quero ver onde as coisas me levam, sou um esportista por natureza, e mesmo dando-me mal as vezes eu ganho, um derrotado, no primeiro lugar do pódio:

-É Fabiano, essa é minha casinha, eu tô sozinha como tu sabes, poderias vir pra cá, acho que ficarias mais confortável aqui, que no teu apartamentinho, a gente fica junto e...
-Sei...
-Terias todo o espaço pra fazer o que tu quiseres, basta apenas seres de meu, exclusivamente meu... fácil né?
-Acredito Fernanda.
-Então tu vens?
-Não Fê. Meu preço é um pouco mais caro, o produto que ofereço é raro, sinto-me feliz no meu apartamentinho de merda, no meu cubículo onde fico, tua casa é bela, mas não é pra mim, obrigado.
-Tu és uma decepção sucessiva.

Luís Fabiano.

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