Chapada 
Brilha a agulha solitária 
No beco escuro cego de estrelas
Não há cuidado ou espinhosas esperanças
Ela respira fundo 
Captando o último ar antes de saltar no abismo
Nadar com enguias 
A agulha vai fundo
Da a partida no motor de alucinantes sonhos despedaçados
Abre suas asas enquanto bafeja o demônio 
Num céu sem nuvens 
Anda pela rua cambaleante
Estranhas paredes a sua ancora
Como um yogue 
Esta entregue ao fluxo da vida 
Tenta respirar claustrofobia 
Enquanto seus olhos marejam estrelas liquidas
Pingos da solidão 
Sorriso infeliz
Tudo por um fio 
A vida sendo engolida por mandíbulas fortes
Ela corre entre os carros na velocidade da luz
Vagalumes piscantes na Avenida Bento
Onde esta o freio?
Por favor...
Para isso agora... eu não quero mais...
O sorriso desvanece e o vasto espaço de seus lábios 
Um tortuoso caminho
A viagem agora inverteu
Começa a descer na montanha russa alucinada 
Próxima parada... o inferno
Vem diabo vem
Abraça-me, por favor... abraça forte
Mas abraça
O bar tornara-se deserto
A madrugada que desliza 
Avalanche 
Eu, o bar tender e a doidona 
A trindade
Ela volta a si 
Não lembra nada
O copo de rum vazio 
Bar tender mal humorado 
Rosnam noites assim 
Enquanto somos silenciosamente estuprados
Luís Fabiano
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário