Pesquisar este blog

segunda-feira, junho 20, 2011


Chapada

Brilha a agulha solitária
No beco escuro cego de estrelas
Não há cuidado ou espinhosas esperanças
Ela respira fundo
Captando o último ar antes de saltar no abismo
Nadar com enguias
A agulha vai fundo
Da a partida no motor de alucinantes sonhos despedaçados
Abre suas asas enquanto bafeja o demônio
Num céu sem nuvens
Anda pela rua cambaleante
Estranhas paredes a sua ancora
Como um yogue
Esta entregue ao fluxo da vida
Tenta respirar claustrofobia
Enquanto seus olhos marejam estrelas liquidas
Pingos da solidão
Sorriso infeliz
Tudo por um fio
A vida sendo engolida por mandíbulas fortes
Ela corre entre os carros na velocidade da luz
Vagalumes piscantes na Avenida Bento
Onde esta o freio?
Por favor...
Para isso agora... eu não quero mais...
O sorriso desvanece e o vasto espaço de seus lábios
Um tortuoso caminho
A viagem agora inverteu
Começa a descer na montanha russa alucinada
Próxima parada... o inferno
Vem diabo vem
Abraça-me, por favor... abraça forte
Mas abraça

O bar tornara-se deserto
A madrugada que desliza
Avalanche
Eu, o bar tender e a doidona
A trindade
Ela volta a si
Não lembra nada
O copo de rum vazio
Bar tender mal humorado
Rosnam noites assim
Enquanto somos silenciosamente estuprados

 
Luís Fabiano

Nenhum comentário: