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segunda-feira, junho 13, 2011



Asas de mim

O que tu amas
Também te engole
Homeopaticamente
Bêbado a bebida
Drogado a droga
Musica, o agudo silencio
Os passos suaves
Dados dia após dia para o fim
Amando a vida e sendo lentamente
Devorado por ela
Dê-me asas oh Deus
Enquanto meu coração bate
Enquanto o sangue quente
Ferve no caldeirão da vida
Enquanto meu rosto é acariciado
Quebra a fome que ama
Para que ela não devore a si mergulhada em nada
Abro minhas asas de algodão
Rasgando minhas costas
Voar
Deixa-me voltar ao teu regaço
Brincar com teu sorriso
Beber de tua baba
Respirar de teu amor
Seja ele o que for
Bato minhas asas de nevoa
Enquanto uma estrela sorri


 Luís Fabiano.

 

2 comentários:

Dóris disse...

...
Deixa-me voltar ao teu regaço
Brincar com teu sorriso
Beber de tua baba
Respirar de teu amor
...

Lindo poema.

Anônimo disse...

Parabéns.
Uma bela poesia entre memórias.
Tu parece ser uma pessoa sensível.