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terça-feira, abril 26, 2011


Navalhadas Curtas: Pau de chumbo


Não sei por que não me contive a tempo, uma nau de sentidos devassos a deriva. Porem sem grande vontade, sem aquela vontade capaz de nos levar a ejacular acima das nuvens. Movido pelo momento do bar, das bebidas e uma mulher que em nada tinha haver comigo, assim foi. Bebemos, nos olhamos depois bebemos mais, e quando vi estava na cama dela. Mas como já mencionei, não estava com tesão algum, ela era magra demais, tinha um bafo terrível. Nada disso é problema para mim, se meus desejos estiverem a ponto de romperem átomos, a fissão nuclear de minhas paixões.

É claro que foi problemático, quando finalmente ela ficou na posição mais primitiva humana, de quatro, e pude ser o sorriso transversal da vagina, meu membro encolhido como um pintinho sem mãe. Tive pena de mim mesmo, e dela. Já havia broxado antes, inclusive minha própria mulher, mas os motivos eram outros. Faltavam cheiros.

Balancei, sacodi, movimentei e até inclusive conversei com ele, olhando cabeça a cabeça... mas nada. Puta que pariu, lá estava eu novamente, prestes a ser derrotado.

Nada disso, fiz o que pude com minha boca, língua e foi o que deu. Depois ela acendeu um cigarro e ficou olhando para o teto, e ora para meu membro morto:

-Tu não gostou de mim né?
-Nada haver com você... problemas pessoais...

Sorriu, e fez aquele carinho ridículo de bilu-bilu no meu pau... tudo que pude fazer foi sorrir sem graça.

Luís Fabiano.

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