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segunda-feira, março 21, 2011


Navalhadas Curtas: Amor apático Amor...


Mais uma discussão, novos gritos misturavam-se a velhos gritos e alguns palavrões. Minha vida não poderia estar melhor. O que lhe faltava de beleza física, lhe abundava em passionalidade. Por isso era uma montanha russa.
Eu chegava em casa às vinte e três horas e um minuto, e começava a ladainha:

-Tu me amas?
-Amo.
-Mas assim, deste jeito? Tão sem graça, como se eu não fizesse diferença alguma...
-Amo porra, que mais você quer?

Aquilo era o estopim da amargura que se acendera:

-Quero que tu me ames, explodindo este amor em tuas veias, que me queiras muito, o mais intensamente possível, como eu te quero... diz que me ama...
Irritei-me profundamente, apenas disse:

-Jamais amarei assim, tenho outras insanidades...
Aquela noite foi horrível.


Luís Fabiano.

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