Pesquisar este blog

quarta-feira, dezembro 15, 2010


Navalhadas curtas: Blue Bird em um domingo


Existem lugares que são mágicos por excelência. Porem a magia esta dentro de nós, ou ela existe, ou não é nada.
Nos sentamos, eu a cantora a mesa no Blue Bird. Naquele dia a voz da cantora foi substituída por um sanduiche prensado. Eu digo sempre, a fome vence a arte. Ou será a fome uma outra arte? Sinfonia das tripas vazias?Bem...
Eu pedi um rum, e deixe meu olhar passear por aquele ambiente tranquilo. Ao balcão dois homens bebiam cervejas, já estavam um pouco altos, olhos um pouco vidrados. Um show em dvd tocava, e de certa forma havia um outro silencio no lugar.
Então entra a voz de Humberto Gessinger, cantando Revelação de Fagner. Fomos todos transportados na musica, como um hino hipnótico, unindo nossas ilhas. O silencio se fez mais profundo, e por um instante nos irmanamos permeados de beleza. Sorri pra ela:
-Que momento hein...
Apenas retribuiu suavemente, nada a dizer.
Naquele instante não haviam dores, nem coisas dilacerantes, nem a merda que insiste em estar a nossa volta.
Apenas a paz de um bar errante.


Luis Fabiano.

Nenhum comentário: