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segunda-feira, novembro 29, 2010


Velhas Trepadas

Haaaaa
Elas vêm lindas
Com suas peles enrugadas e sem cor
Balançantes a cada passo
Peitos sugados pela existência
Que a todos fode
Em um dossel de felicidades e agruras
Vêm sem dentes,
cuspindo dentaduras
Dentes com pinos
Caninos, molares e pré-molares que não se perdem...
Deixam dentes nos copos com agua...
Meio vazios e meio cheios
Contraponto de suas vaginas
mais secas que o Saara
A bunda flácida, como rosas abandonadas
E os olhos?
O brilho diamantino, que se vai apagando
Como estrelas distantes, que deixam de existir
A pele que resseca
Como arvore
Cujas as raízes não encontram mais o alimento
A nutrição
fenece
O sorriso antes devasso
urrando prazer
Converte-se em um gemido fraco, sem graça
Emulação do ultimo suspiro
E por mais que o pau do mundo
entre em suas entranhas
Nada será como era antes.
Porque nada é pior, do que:
Não será como era antes.
Mas ela queria
E eu também
Embalado pelas cervejas
Aquela xoxota de quase setenta anos
Converteu-se na xana de minha vida
De minha noite
E quando terminamos, cansados de tentar
Nos abraçamos
E entre tudo que não aconteceu
Ela sussurra no meu ouvido:
-tudo é bom Fabiano, como uma viajem
Mas agora, chegamos.
Era hora de chegar.
Que bom.

Luis Fabiano.

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