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sexta-feira, outubro 08, 2010


Sol Engarrafado

Abro os olhos
E não sei onde estou
Que móveis são esses?
Essa cama?
Estou molhado
Acho que me mijei ...
Um teto rosado,
acho que é um quarto no céu...
A cabeça dói, alguma coisa embrulha o estomago
Olho para lado
existe uma bunda grande e nua,
branca como papel
que bunda é essa aí ?
Não sei
Toco-a devagar é gostosa, macia
E mesmo perturbado
Meu chumbo se ergue ao alto
Nem tudo estava perdido então
Sabia que não poderia ser bonita
Nunca são,
são como eu, o caos
Tento acomodar-me, e procurar o olho do barro
Minha boca seca não tinha cuspe para amaciar carne
Foi a seco mesmo
Ela dorme como um cadáver fresco, que bom
Nem sente que entrei ali
Faço alguns movimentos
E gozo
Começo a rir, pois essa pessoa quando acordar
Vai sentir uma leve ardência no rabo,
uma cama molhada
Meu membro esfolado arde também
Volto a desconhecida realidade
A lembrança da noite passada vai acordando
Já sei quem é ela,
mas ainda não conheço a casa
Tudo que vejo são garrafas de cerveja vazias
Nas janelas, encostadas, enfileiradas
Abandonadas a esmo
Como tudo que lançamos ao esquecimento
Aquela visão era linda
O sol nascente, projetava seus primeiros raios
Através delas
A cor escura ,com luz por detrás
Eu pelado, tentando levantar
Antes que a dona da bunda acorde
Vesti-me e ganhei a rua
A verdade ás vezes é horrível
Onde andará o aprisco de minhas
Mais caras emoções?
Outra vez a rua e minha eterna solidão
Preciso voltar agora

Luis Fabiano.

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