Pesquisar este blog

sexta-feira, agosto 27, 2010


Auge

Ela tossia com ardor
Os pulmões chiavam um pouco
E tudo estava bem
Era o auge
Agora caminhava na ponte
Olhava para baixo
Sorria para morte
Pular ou não
O auge
Ela me bate na face
Direita e esquerda
Cospe e sai de perto
Sou um verme, diz
Meu, teu auge
Vagava sem emprego
Sem amigos,
sem beijos ou abraços fáceis
Um papel na lixeira, mais um
Indiferente, inexistente
Auge
Respirava com dificuldade
O ultimo hausto chegava
Todos olhavam
A espera “dela” chegar
Fecha os olhos
Auge
Deitados na cama
O pau de chumbo
Não aponta o céu
Ela consola
Ele lamenta
Nada acontece
Auge
Nos olhamos pela última vez
Ela desaparece como vento
Eu fico e choro
Auge.

Luis Fabiano.

Um comentário:

Dóris disse...

De muitas maneiras, o nada é o melhor apogeu.

Abraço com todo o meu carinho e minha PAZ.