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segunda-feira, julho 12, 2010


Orvalho de chumbo.

Dias atrás pensei
Na minha estranheza
Pendulo,
fraqueza e força.
Nos abraços indiferentes que dei
Nas bocas nojentas que beijei.
Por que fiz,
ou abandonei.
Com pouco de raiva de mim.
Com restos de amor.
Senti-me bem.
Gotas finas de raiva.
É bom sentir assim
Não voltaria jamais.
Não carregaria cruz alguma.
Daria foda-se a tudo.
Com prazer,
rasgaria o que rasguei.
Quebraria o que quebrei.
Sangraria outra vez.
Lamberia os buracos fétidos que lambi.
E com prazer diria:
-é só isso?
É sempre só isso.
Um desafio pra mim mesmo
Que enche minha alma,
a cada nova manhã.
Nem amor
Nem garras lacerando meus intestinos.
Nem céu a me olhar
Ou mesmo diabo a me esperar.
Sento-me a ver as horas passarem.
A cada dia,
o que as manhas guardam.
Em suas dobras bem passadas e retas.

Luís Fabiano.

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