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domingo, maio 30, 2010


Parto de dor.

Depois de um tempo,
A frustração cansa.
Era sempre uma mesma coisa.
Havia vontade, desejo,
Tesão,
Trepadas longas.
Mas não é assim.
Então vinha outra mãe.
Mais velha, mais nova,
Mais doente ,
mais saudável, mais louca.
Mais fértil.
Todos os pelos.
Começava novamente.
Jornada longa
Montanha acima.
Íamos perdendo o folego.
Então morriam,
Um a um.
Uns rápido, outros lentos.
Nunca chegavam a respirar neste mundo.
Nem leite,
nem papinha.
Respostas, justificativas e morte.
Era só.
Uma vez amaldiçoei minha porra.
No fim, não tinha culpa.
Mistérios da natureza
Foi assim ontem e hoje.
Minhas lágrimas
Se misturaram ao sangue, um pouco meu.
E o choro que ouvi,
não era da vida.
Poderia explicar tudo,
Mas em que adiantaria?

Luís Fabiano.

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