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domingo, maio 30, 2010


Navalhadas Curtas: Eu, vinho e amigos (Malditos da alma)

Sozinho no apartamento, deixando a noite cair lentamente, comigo apenas os autores que mudaram minha vida. De um lado Pedro, do outro Hank, sentando mais adiante Celine reclama. Outros estão pra chegar.
Não sei são fantasmas, se estou lentamente enlouquecendo. Mas se enlouquecer é isso, eu quero realmente pirar. Eles sorriem muito, bebem a vontade, conversamos todos. Miller ainda não chegou, sempre se atrasa, nossa amizade não se solidificou ainda, mas é questão de tempo. A conversa é algo animada, feita de muitos silêncios.
Contam suas historias, lindas, tristes, míticas, derrotistas, divertidas, explosivas. Hora gargalham, hora choram e fazem chorar. Ficamos ali por horas, até que minha garrafa de vinho acabou.
Volto a mim, não consigo levantar da cadeira, to bêbado demais, caio no chão, bato a cabeça em algo, estou sozinho. Alguém rí de longe, não sei quem é. Vão se fuder seus putos, me ajudem aqui!
Mas não, eles tinham ido embora. Decido que é uma besteira tentar levantar, vou dormir aqui mesmo, no chão como qualquer bêbado digno, é questão de ética.
A madrugada avançou, senti o corpo esfriar, normalmente não sinto frio, talvez tivesse acontecido algo em mim, que tontura filha da puta! Não consigo nem xingar.
Pela manha ,os livros espalhados na mesa, eu vomitei no chão, vou ter limpar essa porra. Você já acordou com a cara colada no vômito?

Luís Fabiano.

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