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terça-feira, janeiro 05, 2010


Navalhada curta: Melinda, piedade e nojo.

Tenho muitos clientes na área de informática, bons e maus. Alguns verdadeiramente insuportáveis. Não posso fazer nada, cada um é o que é.É preciso trabalhar.
Dia destes atendi Melinda, parecia uma boa pessoa a principio.Talvez fosse mesmo, mas acho que a vida a castigou demais. Medrosa demais. Medo de tudo,da violência,da vida, de estragar o computador, disse a ela:
-Se não jogares o micro pela janela, e não o agredi-lo fisicamente, o resto se resolve. Que faça o que quiser,sem medo.
Isso acionou um detonador.
Começou a falar dos seus medos, diversos, cheia de culpa, desfiava o rosário das lamentações. Tinha um defeito grave. Era auto-piedosa em tudo.
Do tipo, o mundo me agride,pobre de mim, as pessoas são más. Me irritei na hora. Nada de cliente tem sempre razão. Liguei o Foda-se. Não falávamos mais de computador, mas tinha me tornado o “psicólogo” do momento.
Gente que se auto-pieda, realmente merece que o mundo cuspa por cima.Minha psicologia.
Fiz minha “caridade” para Melinda, cuspi grosso, catarro verde tirado das entranhas podres:
-Melinda, se você ficar de quatro para o mundo, é certo que quem passar no teu caminho irá te enrabar, você mereceu...entende... não se fica de quatro para o mundo.
Acho que ficou horrorizada com minha sutileza, sorriu amarelo e me pagou. Fui embora, o serviço foi bem prestado. Sou um bom profissional.

Luis Fabiano.

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