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sexta-feira, dezembro 18, 2009


Navalhada Curta: A Emo.

Não tenho nada contra a movimentos passadistas. Hippies, beatniks, punks,darks, tantos nomes para expressar uma infantil rebeldia ao sistema.
Sem problemas, creio mesmo que cada um na sua.Escolha a sua besteira e acredite.Se você acha válido, há de ser tudo da lei, dizia o Raul.
Nas proximidades do camelódromo, dia destes, tive a infeliz oportunidade de acompanhar uma mãe tentando conversar com uma moça que dizia-se Emo. Conversa impossível. Os emos são excessivamente emocionais, não possuem sexo definido, as meninas parecem com meninos, e os meninos parecem com as meninas,em tudo, até psicologicamente.
O papo versava assim, a menina:
-Mãe, não dá, tipo, bah tu sabes né, não combina e tal.
A infeliz mãe tentava argumentar, enquanto caminhávamos todos. Eu atrás delas.
-Mas filha, eu não entendo o que você diz, não vai combinar com o que ?
-Mãe, não dá, é altamente inaceitável, tipo não combina com a idéia...tá...
Eu atrás, me segurando primeiro para não rir, segundo para não vomitar sobre aquela moça vestida meio rasgada, de cabelos coloridos e falando um dialeto estrangeiro.
Acho que não sabia falar para ser franco.
A mãe, tentando:
-Minha filha, vamos fazer o seguinte. Você faz o que tiver vontade, diz depois que tiver feito ta bom? Fica bem assim?
-Mãe, tipo, bah, mas aí tipo fica meio free demais né? Mas tá bem, valeu aí, fiquei super emocionada agora.
Não sei de que estavam falando, sub-entendi que era uma questão de roupa e cores.Conflito de gerações milenares, a mãe foi a lona, desistiu, coitada, era isso.
Desistia, ou dava uma porrada naquela pirralha de franja imensa e piercing na lingua.
Somos brutais demais, tem vezes que argumentar é perda de tempo. Você engrossa ou deixa de mão.

Luis Fabiano.

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