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domingo, dezembro 20, 2009


Navalhada curta de Natal: Papai Noel, não é legal.

Eu tinha dezessete anos, já não acreditava em papai Noel há muito tempo. Ainda bem. Morávamos próximos de uma transportadora muito conhecida na cidade.
Bairro periférico, miséria, pobreza e ilusões baratas, pensamentos que talvez um dia as coisas melhorem. Perda de tempo.
As criança sujas, brincando nas valetas, com uma bola de futebol improvisada. Felicidade possível. Na semana do Natal, o tal pessoal da Transportadora organizou uma festa de natal. E papai Noel veio em uma das camionetes da empresa, a caráter.
Jogava balas para as crianças da vila. E levanta poeira da rua de areia. Elas apanhavam as balas, era o que tinha. Nada de brinquedos.
Mas não era isso que elas haviam pedido ao Papai Noel. Elas recolheram as balas, sentaram para ver seus lucros. Ninguém havia pedido balas.
Resolveram seguir o carro até a empresa, para quem sabe conversar com Papai Noel. Lá a festa se desenrolava, bela festa, rica.
Porem viram quando papai Noel entregando ao filho do dono da empresa uma bicicleta linda. Ele sorria feliz.Era o que ele havia pedido, logo ele que não precisava?
As crianças da vila que viam de longe, foram embora decepcionadas. Porque papai Noel agia assim? Na vila ele dava balas baratas, e para os outros mais ricos, dava bicicleta ? Não entendiam. Ninguém entende a fantasia quando se quebra.
Chegaram a conclusão que papai Noel,não era legal, era injusto.Depois daquele natal,nada mais foi a mesma coisa.

Luis Fabiano.

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