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terça-feira, dezembro 15, 2009


Navalhada Curta: Claudinha, de puta a dama.

As pessoas se modificam, isso é certo. Por bem, por mal ou por interesses. Quanto a modificação ser verdadeira, não discuto.A verdade é algo muito complicado.
Quando a conheci, dizia-se uma ninfomaníaca. Achei besteira profunda. Como papai Noel,Coelho da páscoa e outros mitos imbecis.Disse pra ela:
-Ninfomaníaca porra nenhuma, o que se passa é que tu nunca gozou de verdade. É isso.
Ela me olha e concorda. Vinha tendo um parceiro atrás do outro,vários,sem rosto,gosto ou nomes.Gostava de dar.Muito desgaste físico, poucas ideias uteis na cabeça, nenhum orgasmo.
Disse eu debochando:
-Puxa, que vida triste hein?
Não transamos, dizia que tinha medo de mim. O máximo que rolou, uns beijos nos peitos, levantou-se repentinamente, tremia. Não insisti, não forço nada, gosto que as flores abram-se espontaneamente, orvalhadas.
Depois deste episódio não nos aproximamos mais. Passou largo tempo.
Dias atrás a encontrei na rua. Vi sua aliança. Ela sorriu e disse:
-Estou casada, tenho uma filha, quanto tempo passou né?
Concordei. No ar havia aquele assunto pendente,algo constrangedor. Como se tivesse confessando, dispara:
-É.Acabei casando com um cara que me fez gozar muito,lembra do meu problema,né?. Me apaixonei por ele, sabes, o amor é assim.
Não tinha muito que falar,Claudia parecia feliz, isso basta as vezes, parecer ser feliz.Então era melhor eu ir indo, abracei-a me despedi.
Fiquei pensando, naquelas malditas rimas de amor de pica, que fica, talvez isso tenha alguma verdade.

Uma gozada enorme e molhada.
Luis Fabiano.

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