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terça-feira, dezembro 22, 2009


Não beijos, não toques.

Hoje,não.
Não me toques,olhes ou beijes.
Hoje,tudo me soa selvagem demais.
Teus carinhos me agridem,
pele com pele, me fere tanto.
Não quero,
respiração ofegante ou gemidos sem saciedade.
Nem beber do teu suor,
ou sorver o suco
De tua intimidade.
Tudo me faz dor, hoje.
Mas ainda sim, quero-te.
Quero o que é,
essência em ti.O que não se revela.
Quero o que é silencio,
oque bate em teu coração,
As vezes ecoa no meu.
Assim, me queres?
Em pedaços, fragmentos, farelos...
É preciso que rasgue minha pele,
Exponha vísceras, para me entederes?
Sem palavras, te quero.
Sem afagos, te quero.

Sem olhar, te quero.
Mas, não.
Fica em ti, um desejo que não cala,
Um prazer que não satisfaz.
E para ti, não amo.
Não amo as belezas do teu corpo,
Leio as marcas que nele existe.
Tu gritas, eu sussurro, és
Tempestade e eu brisa.
És dor,eu culpa.
Não posso te dar, o que em mim é miséria.
Não podes me dar, o que em ti é opulência.
Separados e unidos,mas
Por um breve fugidio instante,
Nos vemos, nos amamos.

Luis Fabiano.

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