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quarta-feira, outubro 21, 2009


Lascia ch'io pianga
Haendel.

Deixe que eu chore meu cruel destino
e que deseje a liberdade.

Deixa que eu chore
minha sorte cruel,
que eu suspire
pela liberdade.
A dor quebra
estas cadeias
de meus martírios,
só por piedade !

O sacrifício para fazer nascer o belo em si,da prisão mórbida, asas de um pensamento, sopro de uma emoção que tem em si dor imensa, entrega e liberdade enfim .Quando a alma agrilhoada pela sua densidade,quer tanto algo, tanto sair dali, quando cala, descobre sua grandeza e quando morre,e vive.
Eis o mistério do amor, oferta e nada pede, sente e nada exige, vive de seu perfume próprio e ganha espaços para além do nosso coração.
Um brinde ao que voa, que não desdenha do que ainda rasteja.
Paz profunda.
Luis Fabiano.



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