Pesquisar este blog

quarta-feira, abril 08, 2009


Suspensão da descrença

Quanto mais subjetivo um pensamento, um sentimento ou uma apreciação de caráter pessoal, mais difícil descortinar uma verdade ou a mentira, porque na subjetividade tudo é possível e tudo é aceito felizmente, neste terreno sutil é possível a absolvição de todos os pecados e claro a possibilidade de cometer pecadilhos mais agressivos... mas, é tudo muito pessoal, seu céu e seu inferno, é apenas escolher...
Eu não sou pescador, longe de mim alias, o prazer da pesca é uma espécie de terapia para quem curte, em verdade eu prefiro os acompanhamentos da pesca que sejam,( bebidas, comidas e mais bebidas...) o peixe que é bom, se aparecer é lucro, o peixe é algo incidental na pescaria ele não é o objetivo final!
Não sendo pescador, vez ou outra acontecem coisas de historias de pescador, diga-se de passagem que com plenas dificuldades de comprovação, afinal quem acredita em tais historias? Peixes enormes, que rebentam linhas, que roubam iscas saborosas, pecados em cardumes, que eram tão grandes que fugiram na hora h...e outras, é claro que tais eventos e historias são sempre sem comprovação física, qualquer prova física, uma foto, o próprio peixe...mas não nada, geralmente não existe nada..nada, apenas uma longa historia repetitiva!
Eis a dificuldade, e quando conto uma historia de pecador acabo sendo vitimado pela má fama dos contadores de historia, embora tal historia seja de pescador é claro contada por um não pescador, e o ocorrido sinistro é mais ou menos neste tom: Um pescaria normal com alguns conhecidos, regado a naturais acessórios de pescaria, um bom papo, umas bebidas e linhas na água, um final de tarde relativamente encantador, até aí nada de especial, porem como as vezes a vida nos surpreende, eis que um dos companheiros retira a sua linha pesada da água, rapidamente pois algo estava puxando a vara, e era dos grandes como ele disse, então a fatal surpresa: Um pequeno filhote de Tubarão Martelo,aproximadamente de trinta centímetros, os pescadores mais habituados não se surpreenderam nada, tiraram o animal do anzol e claro devolveram a água, pois afinal era pequeno demais?? Fiquei pensando nos pais do Tuba...
Eu ali, sem um câmera fotográfica, um computador um sei lá o que...apenas eu e meu cérebro , solidão e desespero, como comprovar depois a todos vocês o que vi ? Apenas eu e umas poucas pessoas vimos, assim virei um historiador de pesca, alias vocês já perceberam o olhar que faz alguém que escuta uma historia de pescador ?
Um olhar desdém, com sobrancelhas arqueadas e com aquele sorriso de lado, dando uma lógica impressão de estar sendo complacente para com o historiador...lamentável!
Assim ficamos?
Bem, talvez como diria Khrisnamurti o sábio indiano, “é preciso fazer a entrega, e não esperar absolutamente nada, pois todos somos cheios de contrariedades...” de fato, por vezes é difícil acreditar em tudo que se ouve , temos nossas limitações, o que para um é fato concreto para outro é uma possibilidade, e para um terceiro algo impossível, pensava isso quando contava a visão do tubarão martelo, contei a varias pessoas, mas ninguém acredita ?
Porque?
Diga-se de passagem que contei até para um ufologista( que acredita em discos voadores Ets e etc..) mas quando falei do tubarão martelo em nossa cidade...rio-se de mim?! Porque? Cara, ele crê em seres de outro planeta, em quinhentos bilhões de galáxias, e não acredita no tubarão martelo aqui?
Repito então: “é preciso fazer a entrega apenas, e não esperar absolutamente nada, pois todos somos cheios de contrariedades...”é..somos.
Assumo meu ridículo original, serenamente repito a historia com gosto, ainda mais agora neste período da páscoa, sexta-feira santa, crucificação, creio que é bem a propósito, ficarei com o tubarão em minha mente e se as pessoas não acreditarem, bem ao menos sei que boas risadas irei provocar, bon apetit !


Boas risadas em teu caminho.
Fabiano.