Pesquisar este blog

domingo, abril 26, 2009



Florescer de uma Borboleta

Hoje ela voou, ganhando espaços beijando a vida
Ao sabor dos ventos da primavera, fecundando,fertilizando um pouco a alma e
Outro pouco o corpo
Sem desejos, sem aspirações apenas seguindo sua natureza mais profunda,
mais bela, aquela que em nós perde-se no ermo de comezinho pensar...
sede de nossas fragilidades as vezes tão humanas...
De tanto levar a florescer,
um dia viu-se estranha e só, com uma saudade de algo não bem
Sabia o que era, como uma dor silenciosa,
muda, a Borboletinha não
mais queria bater asas,e nem poliniza,
e aquela dor...que doía mas nada dizia...
Sentiu em si, como se a morte derradeira estivesse a aproximar-se...
ou como se suas asas estivessem partidas?
Asas partidas...
Ou as sombrias vozes fantasmagorias do casulo
a chamava novamente a escuridão?
Assim ficou a pequenina borboleta a aguardar o que então seria sem fim,
Afinal vocês sabem, a vida de um borboleta é curta mesmo...sua esperança fugia nas batidas de seu coração e em
Paz tentava esperar...
Ela que levara a vida a tudo e toda natureza, vida feita de encanto,
esperanças em forma de rosas, tulipas, crisântemos...
tantos outros, uma lagrima agora escorria...
Era preciso crer na “magia” da vida,
nem tudo é por vezes o que sopra nossas estreitas ilusões,
E o que é por vezes impossível nos abre suas coloridas asas, e da doce borboletinha
Algumas flores começam a nascer,
nascem de seu generoso coração, rosas,
e então pelo milagre que somente as boas almas sabem operar,a borboleta descobre que não morria em verdade, que antes sim
Estava gestando vida em si
sua morte não era morrer, mas transforma-se mais uma vez,como mudam os rios,
os destinos e nossos caminhos que por vezes nos achamos e doutras não,
Naquela noite sem sombras
ela entendeu a sublime e oculta lição que a vida lhe sugeria,é
Preciso saber morrer, para dar vida em si.

Toda paz possível
Luis Fabiano.