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sexta-feira, fevereiro 20, 2009


Átis, em um dos seus belos momentos:

"Num impulso, segurei-lhe as mãos envolto num tempo interino,sobrecarregado de promessas,suspiros.Uma sensação pre-adamica,levando á minha alma a um sossego nunca antes experimentado.Tomamos cervej, um navegando no silêncio do outro.Um barulho,de repente arrancou-nos do imobilismo.Era o atendente do restaurante empilhando as cadeiras sobre as mesas, convidando-nos a sair.Jurema pagou a cerveja e, meio sonâmbulos, saimos do mercado.Deixe-me conduzir como que agarrado a um asteróide, percorrendo vazios nunca imaginados. Tinhamos a impressão de que nunca imaginados.Tinhamos a impressão de que uma esfera resistente, a tudo, inclusive a consciência, nos cercava, espécie de redoma a nos proteger das imundicies do mundo. Pouco depois , rolavamos numa cama, entregues ao mais doido amor, numa simbiose de cheiros seminais dilantando os poros arrancando de nossas bocas gritos incessantes de prazer."

Extraído da obra: O Homem Que Brigava com Deus. - Manoel Magalhães.

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