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terça-feira, janeiro 20, 2009



O(A)Amante

Antes que levantem-se cruzadas a respeito do assunto na vã tentativa de estraçalhar alguém ou a mim mesmo,em julgamentos mais derivados na maioria dos casos do desconhecimento de detalhes, mas de senso comum é natural o prazer de apedrejar a janela alheia, tornar alguém bode expiatório de nossos próprios pecados e assim nos isentar de outros tantos danos que por vezes geramos a nossa volta!
Não serei moralista e nem tão pouco falso, defendo aqueles que se amam ainda que vezes tal manifestação faça caminhos tortuosos, pois se o amor é o sentimento por excelência mais importante, capaz de mover céus e terras e algo mais, porque agredi-lo quando ele não está em nossas mãos ou simplesmente não satisfaz o que idealizamos a ele ?Queremos que o Amor seja conforme a um molde, a dobrar-se as nossas vontades infantis, assim não pode ser.
Como advogado do diabo sem diploma, defendo os amantes e as amantes, falo isso em nome do amor, mas não quer dizer que compactuo com a vil, primitiva e bestificante sacanagem pura, embora o prazer tenha seu espaço garantido, afinal quem não gosta de sentir algum prazer?
Mas isso não vem ao caso.
Por vezes as pessoas são trocadas por outras, bem e a supostas vitimas ficam se ressentindo ou partem para agressão e raramente nos casos mais nobres sofrem com dignidade sem rebaixar-se, sofrem como dor lancinante que não grita, cala fundo e supera, e aqui vai apenas uma breve colocação, as supostas vitimas: você não é não será o ultimo traído do mundo,não mesmo,eu compreendo que fiques magoado(a)e atires algumas pedras a esmo, mas uma coisa digo, que muito mais que teu orgulho e ego ferido, muito acima disso a verdade deve ser nítida a ti mesmo.
Querias o que?
Que ele ou ela ficasse acorrentado eternamente até que a morte os separasse, é, eternamente infeliz? Muitos preferem assim,a dor maior é ferir egos e egoísmos que a felicidade da pessoa que é nosso objeto de amor, amamos mas realmente não nos interessa o outro,claro contando que ele ou ela esteja ao nosso lado!
É amamos a nós mesmos e chamamos de amor, chamamos de qualquer coisa...
Mas é preciso falar das vitimas?
Sim eu entendo, e porque não dizer lamento, você não criou uma estruturação que permita o embate vigoroso quando as coisas não andarem tão bem, sim, sonhos são importantes, devaneios românticos também, projeções de um futuro relativo talvez, mas nada disso se equipara a realidade vivencial feita de intempéries, é com isso que se irá viver quando a lua de mel acabar, você irá viver é com os defeitos alheios e mais os teus defeitos, quer mais realidade que isso? Onde ficarão os sonhos, os devaneios? Não.
A vitima é mais algoz de si mesma que vitima, as outras pessoas estão expostas as mesmas fragilidades que nós, os mesmos defeitos e algumas difíceis qualidades. Mas é preciso que se saiba e tenha-se isso nítido dentro de si:a primeira pessoa a ser amada é você mesmo,no melhor sentido da palavra, porque as pessoas dedicam-se profundamente ao outro, entregando-lhes a vida, todo amor, todo carinho tudo...mas querem ser correspondidas a altura, isso não seria uma espécie de preço?
Quando tal sentimento preenche nossa intimidade é que realmente conseguimos expressar sentimento, porque nos abunda, como riqueza, é preciso dar do que se abunda para não estagnar nossas emoções,para não estagnar-se, será que somos capazes de proceder assim?
Tenho a impressão que poderia escrever eternamente sobre este assunto, mas eternamente sempre soa meio falso e é muito tempo,tempo demais, pois a eternidade cabe em um segundo dependendo do ponto de vista, e acho que já demorei demais.

Paz e luz em teu caminho.


Fabiano.

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