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sexta-feira, junho 27, 2008


Sumos da alma

Vez por outra tu és espremido em um corner
Sofre tua carne crua e viva agonias e agruras,e tal como Atlas
Carregas o peso do mundo sobre os ombros, por vezes e muita vezes esmagado por ele
Por desafio e beleza, amargor e doce viver, na tradução observada eqüidistante mas
Raramente entendida de viver, nas constantes inconsciências de existir, eterno pendulo
De errar e acertar, tornar a errar, tudo se passa sem grande importância.
Então pela fadiga, estafa a guisa de amadurecimento, pensamentos, emoções, senilidade de ser, um olhar, um sentimento, um brilho sincero verdadeiro surge, quando levado ao extremo de si a verdade flui de tua alma!
Não pela doçura e nem gentileza, antes sim espremido por coisas e circunstancias, um profundo entendimento, uma compreensão vem a vida, nasce, e claro lagrimas abundantes acompanham isso a dor de viver e dar vida, lagrimas, os sumos da alma, terminam por falar o que muitas vezes o corpo cala.
Pudéssemos não macerados e machucados nos encantarmos pela simplicidade de tudo que é, com naturalidade vertemos o sumo das belezas existem em si, sem dor ou largas feridas, apenas um afagar sutil, como beijar as dores alheias, doação de paz e alguma emoção.
Porque nos devaneios do pensar , na perdição do certo e errado, perde-se o tempo e ao que era antes ato espontâneo converte-se em grilhões da alma, e perde-se .
Ante meu olhar, percebo que dar forma as aspirações disformes do coração é como querer abraçar o vento, ser beijado pela neblina da manhã, receber o abraço carinhoso do éter e afagos do luar,mas o que em verdade podemos dar, são fragmentos de nós dentro dos limites que tua carne permite em rígida forma.
Isso deveria ser tanto para nós, é raro, mas as vezes funciona.
A sinceridade do teu ato só o é quando a entrega de si é feita, sem ônus, sumo e reflexo da natureza mais bela em ti, aquilo que em Sí quase não és tu.
A sete chaves trancaste na prisão do teu peito um céu e um inferno,e por vezes ao meio dia
Do teu entendimento abres e por outras, a meia noite da tua razão o trancas. A natureza nos Leva ao artificialismo, fuga de si e dor de não sentir.
Me calo então para que tua mente aspire em silencio o sumo do mais
Verdadeiro em mim, em ti e noutros.

Um olha verdadeiro é suficiente.
Paz e luz em teu caminho.

Luis Fabiano.

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