Pesquisar este blog

sábado, junho 28, 2008



Doce Intolerância

Falando serio como raramente faço, minha troça é traço de personalidade sempre em eterno contraponto, as coisas tem suas causas, mas nem sempre é ou será um fator determinante de nada, e isso me faz lembrar o quanto sendo mais ou menos sincero, me sinto muito cansado, como um enfado das tragédias da vida, aqui muito referidamente da convivência com as pessoas em níveis diversos e adversos (não existe nenhum processo depressivo nisso como entenderão os mais apressados, mas com toda certeza é um agastamento de ver a verdade subjacente do teu amanhã sempre sombras e alguns poucos amanheceres...), mas de onde veio tudo isso?
Ontem quando olhava pela janela de minha casa, vi caravana política, acompanhado de policiais batedores parando o transito em uma espécie de propaganda ou marketing pessoal,e como uma coisa termina a levar a outra ainda que não existam conexões diretas entre elas, naquele instante me senti muito mal,pela mítica representação que ali desfilava, um enfado percorreu meu organismo e tomou meu coração e assolou a minha alma, que se confrangeu em angustia!
E dei-me conta que não possível mais crer ou acreditar em nada ou ninguém, porque a essência do ente humano hoje e sempre está totalmente adulterada, deturpada, e quando alguém é ilibado e verdadeiro, é porque não tem muito entendimento,inteligência, eis vinculo prejudicial que me arrasta a desesperança e total em ti e em toda humanidade,lamento, posso dizer largamente que confio em duas ou três pessoas, mas não acredito em nenhuma.
Minha confiança esta baseada na suspensão previsível da falha humana minha certeza absoluta, uma confiança literalmente baseada no “erro” da convicção que com toda certeza irás falhar comigo e outras tantas pessoas, questão de tempo e condições, hoje ou amanhã, talvez depois, mas isso não é muito importante, pois essa é a base das relações humanas e neste ínterim meu reino não é deste mundo, aprendi desde muito cedo quando ainda era um imbecil aprendiz, hoje me tornei um profissional, e portanto menos crédito ainda no ente humano.
Não há em que ou quem acreditar, e neste aspecto sugiro me incluírem na lista dos descréditos, pois como a maioria de nós, eu emulo alguma honestidade possível, e neste aspecto creio piamente que a ignorância é uma benção, porque se algo relativo a relações funciona ou dá plenamente certo, é porque uma das partes ou ambas as partes são ignorantes, não existe a supremacia da inteligência sendo coroada com vitoria convivendo em um comunhão de paz e devaneios de felicidade plena entre relação humana.
E depois de meu pensamento volitar em tantos detalhes singulares advêm meu desprezo,um desprezo repleto de verdade, um entendimento que nada disso irá mudar, que você não irá mudar, e tudo caminhará lentamente para o que sempre é, não existe uma pessoa viva ou morta em que possa ter plenitude de verdade,assim dou pedaços,fragmentos e pequenas porções de verdade, por ser esta a zona de conforto que todos gostam de conviver,e para que mudar isso?
Não, não serei eu o desagradável a este ponto, de mil não se salva um,eu naquele instante estava muito cansado,por saber e entender que para algo possa ser sincero, longo caminho de liberdade e entrega precisas percorrer dentro de ti,ai é somente neste instante algo notável pode ocorrer, algo que muda vidas, e torna a paisagem existencial, ainda que lhe faltem cores a ti e somente para ti repleto de beleza estará.

Escrito com a alma oprimida de ontem, guardei tal emoção para descortinar uma das tantas versões e probabilidade da verdade,quanto tudo isso se passou.
Não havia mais esperanças, eu lamento.
Paz e luz em teu caminho.

Luís Fabiano.

2 comentários:

Anônimo disse...

..."Não podereis separar o justo do injusto e o bom do mau; pois eles andam juntos diante a face do Sol, bem como os fios brancos e pretos são tecidos juntos.
E quando o fio preto se rompe, o tecelão olha todo o tecido, e examina também o tear.

Aquele que quiser vergastar o ofensor, que olhe para dentro do espírito do ofendido.

E se algum dentre vós quiser punir em nome da retidão, e deitar o machado na árvore do mal, que olhe também para a suas próprias raízes;
E na verdade encontrará raízes do bem e do mal, do fecundo e do estéril, entrelaçados no coração silente da terra.

E vós, juizes, que quereis ser justos,
Que sentença pronunciareis para aqueles que, embora honestos na carne são injustos no espírito?
E como punireis aquele que cujo remorso já é maior que seu mal feito?
E que dizer da velha serpente que já não pode mais trocar de pele, e chama todas as outras nuas de impúdicas?
Podeis afrouxar as cordas da Lira, mas não impedir os pássaros de cantar!!!!.."

Creio que não precisa dizer mais nada não é?

S

Fabiano disse...

Bem, de Gibran nunca se tem o que acrescentar.
L.F.