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sábado, junho 14, 2008



Contos dos namorados...

A paixão de Ambrósio - 3

Muito longe de instigar a bizarrice humana, minha intenção é exaltar a multi-diversidade dos amores que os homens podem sentir e ter, por vezes é claro, as coisas não dão lá muito certo segundo os padrões elitistas, mas afinal que são padrões? Se o padrão fosse a certeza de alguma coisa, certamente o mundo já estaria redimido e possivelmente viveríamos em um paraíso ideal, mas o padrão em meu singelo pensamento é sinônimo de obtusidade, quanto tudo fica tão padronizado é porque já esta morto nada mais a acrescentar ou aprender,nada, até concordo que para algumas coisas é interessante,funcional, cômodo e seguro mas como caráter absoluto de vida,filosofia existencial, realmente não da bom resultado, eu vos asseguro!
Foi assim então que Ambrosio aprendeu desde muito cedo a romper os padrões, assim, que a adolescência já lhe havia passado e atingido a maior idade sem que sua vida intima e emocional tivesse sido assim tão diferente quanto a minha ou a sua, o normal, descoberta da masturbação e coisas semelhantes, bom, isso foi até a estes dias, em que o amor esta no ar e uma aura de mistério e sensibilidade exala seu perfume no universo,assim ele ficou fascinado por uma bela moça, muito esperadamente a paixão veio e o amor também, puxa nunca Ambrosio esteve tão feliz em sua opaca vida, como algo inesperado que por vezes nos propõe a emoção ele estava encantado com o Anita, uma moça educada, doce e muito sensível quase perfeita(deixe-me rir um pouco...).
Como era esperado ele passaria a viver naquele mundo imaginário que são lançados os amantes que se iniciam, neste paraíso feito de desconhecimento e alguma inocência, mas Anita não era flor que se cheirasse até o talo, não mesmo, ela tinha uma aparência de frágeis emoções e gostava disso, afinal isso permitia manipular com as frágeis emoções das pessoas, no entanto ela em essência ela era fria como um iceberg, e não demoraria para ela estar traindo Ambrosio, e claro, com um dos seus amigos, que por uma gafe destas que não pode cometer quem trai,(quem trai não pode cometer erros,deve ser meticuloso,metódico sempre, e não se descuidar jamais, mais adiante escreverei um texto dando instruções de como proceder a isto com eficiência...mais tarde...) então Ambrosio descobriu a traição casualmente, e imensa foi a sua tristeza, nunca ninguém pensaria que chifres fossem tão pesados assim, mas estes chifres atingiram o coração de Ambrosio, que se tornou um ser arredio e mais silencioso, nunca mais foi o mesmo, coisas da fatalidade da vida acenam.
Alguns anos se passaram sem que Ambrosio de envolvesse com mais ninguém, alias ele desenvolveu uma estranha afeição com animais, tinha em casa bichinhos diversos, cães, gatos, ratos, cobras, aranhas, cada um em seu espaço em separado, aparentemente nada tinha conexão, os chifres e os pobres e estranhos animais, porem, e aqui me repito, toda historia humana tem um porem,um mas, o algo que é a parte mais basilar de sua verdade essencial a irredutível realidade.
Que faria Ambrosio em sua casa com estes animais todos?
Tinha uma cadela, da raça Fila, era enorme, uma mistura de vira latas e outros também muito grandes.Quando a noite chegava e as luzes de sua casa se apagavam, Ambrosio se encerrava nos cômodos feitos para seus bichinhos em sua casa, e ali com toda a doçura e carinho ele se entregava a carinhos “animais” literalmente,e ali ele “amava” a sua cadela kéti,que de tanto ser penetrada por ele, se habituara ao ato, segundo o seu entendimento, kéti adorava fazer amor com ele, e como habito torna mesmo as mais terríveis aberrações algo muito natural, aquela pratica passou a ser sempre contumaz, e assim Ambrosio jamais tornaria a tocar em uma mulher ou homem, sua maior paixão era Kéti,em sua mente queria realmente o bem dela e do dele também, talvez as vias não fossem assim tão politicamente corretas(mas política é algo respeitoso?), quais são as vias do amor? Qual e a via errada do amor? E qual a certa?Quando um sentimento é tão humano assim, fica difícil fazer algumas distinções ainda que seja contra a tudo que elegemos como o certo ou errado, por acaso na ínfima manifestação sutil das emoções quantas coisas estão anexadas e contraditórias, e que por vezes desconhecemos?
Desejo a Ambrosio e sua companheira Kéti muita felicidade, que possam ser felizes, e que seja eterno enquanto dure.
Meus sinceros Votos.


Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

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