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segunda-feira, junho 23, 2008



Amor-daça...

Sempre o tema de minhas apreciações estão ligadas a relação humana, todas elas neste aspecto creio mesmo que a seara é ampla e sempre muito tem-se a se dizer, deixo de lado eventualmente a plasticidade passional que geralmente graça nas manifestações emotivas das pessoas, dificilmente alguém consegue se apartar da exigência circunstancial que envolve uma relação, a natural e silenciosa exigência que tem vida quando duas ou mais pessoas se envolvem, porque algo é esperado?Porque algo “precisa” acontecer, porque a especialidade de tal coisa almeja o passo seguinte?Mas que passo é esse?
Não.
O ser mais estranho que existe que habita este planeta é sem duvidas o humano, fascinante, as complexidades de seu pensar e limitação do seu sentir o levam naturalmente a catividade, e um cativo raramente sente-se feliz e satisfeito de ver aves ganharem o céus, as gaiolas que prendem os pássaros agrilhoam a nós também, quem prende está preso afivelado ao seu cativo, como ser feliz assim? Isso sempre me faz pensar, e lembro-me do semeador que tendo guardado as sementes em sua mão ,não plantou, não colheu e todos feneceram, pois uma semente fechada em nossas mãos jamais nasce, é do solo que precisa, da umidade da terra, e da agressividade da vida para com ela, sim por estranho que o seja, mas a morte da semente é sua vida, o romper da casca, uma entrega para ser e tornar-se vida e justamente desta liberdade que falo.
Porque conseguimos nos desprender dos sutis liames do egoísmo é onde realmente conseguimos a manifestar reais e profundas emoções, de um modo muito barato tratamos com uma aparência muito nobre mas que a menor sutileza, ao menor abalar de pensar ou sentir nos leva a destruição, porque antes de qualquer ofensa esta a nosso amor próprio, nosso ego-ismo, você acha mesmo que quando diz eu te amo, ama realmente?Tem noção real do que é ou significa isso?
Claro que ninguém tem, pois tal palavra é dita discriminadamente e como tudo que é comum torna-se vulgar caindo naquele fosso profundo do comum de todas as coisas, porem quem esta preocupado com isso? A muito tempo atrás quando acreditava em tais manifestações eu dizia coisas bonita, carinhosas e românticas , agradeço a vida a oportunidade de ter me furtado isso a duras penas,mas eu lembro de muito tempo atrás que dizia tal palavra não porque estivesse sentindo, mas me parecia bonito ou melhor correto de se dizer naquele instante, afinal é isso que namoradas, noivas, esposas afins esperam escutar quando dizem (EU TE AMO..?)Bem era bonito, ingênuo mas bonito,só!
Com o tempo a minha visão ao ser humano foi aprimorando,e percebi também que este amar humano é um ato de fé muito mais que as qualidade que são anexas e exigidas para isso, na verdade, nós queremos amar, mas nosso amor ainda esta misturado as impurezas de nossa personalidade, talvez com o temo e uma possível evolução ética humana a sinceridade permeie mais as relações e ai(isso é quase autoajuda ... ) poderemos dar uma chance ao amor!
A algum tempo me disseram que eu era um frustrado ou triste por ser e pensar assim, eu respeito toda a opinião, meu lema e liberdade de pensamento e emoções,e digo que não sinto nem uma coisa ou outra, mas antes sim satisfeito por poder olhar o ente humano com olhos sem amarras vendo o tamanho exato do ser, e isso eu não troco e não trocarei por nada, e se o preço pago é a solidão, a recebo com a alma e com a felicidade de quem é agradecido a existência, a vida e a Divindade pela simples oportunidade de respirar e contemplar a vida. Liberdade é possível,e a harmonia é nossa felicidade possível



Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.



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