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terça-feira, dezembro 11, 2007

Mesa viva

Ontem minha mesa era um tronco nu exposto ao sol e as intempéries da vida, hoje ela encheu-se de fartura verde e bela, como a vida latente em todas as coisas ele aguarda o momento certo para vir a luz, ontem meus sentimentos eram do tamanho de minha mediocridade , porem hoje eles são a imagem daquilo que realmente sou, nem pior nem melhor, apenas um austo que busca o infinito, apenas uma mão apontando para um universo, um pigmeu que sabe seu exato tamanho.
Ontem sentava a beira de minha mesa morta, e a dicotomia abundava vida e como a comungar subjacente a sua aparente morte inspirava beleza a minha vida, como a fala das estrela desperta nossos sonhos mais ínfimos.
Hoje tudo esta vivo, em mim e fora de mim, e penso:Seria a mesa sonhando com alguém vivo a jogar palavras ao vento, ou seria eu morto vagando nas brumas me imaginando vivo ao lado de uma mesa morta?
Ainda não sei.

Apenas para entendimento – existe um local sagrado para mim que não revelo onde fica, um local com muito eucaliptos e lá existe um tronco cortado onde sento perto onde eu coloco livros, água sobre ele, eu o chamo carinhosamente de mesa, ontem quando fui visitar os Eucaliptos me surpreendi com a beleza,a mesa que o tronco-mesa agora esta com muitas ramificações grandes que buscam os céus, dei-me conta que a mesa esta viva, mais viva que eu.

Fraternalmente.
Fabiano.

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