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sexta-feira, dezembro 07, 2007

Luzes de minhas sombras

Temos uma estranha maneira de entender nossas emoções e pensamentos, a maneira de lidar com elas, não conseguimos percebê-los por eles mesmos, não conseguimos vivenciar o amor pelo amor, não conseguimos interpretar a natureza interna de tudo a nossa volta por sua simples, pura e natural manifestação, precisamos da sombra!
Na dualidade que nos cerca nós precisamos ser a sombra o exato contraponto para compreensão do objeto de nossos desejos.É estranho não posso furtar-me de achar, creio mesmo que nossos sentidos estão embotados.
Neste aspecto as sombras são nossas carrascas instrutoras que nos apontam o extremo oposto, a luz, curiosamente assim conseguimos perceber alguma luz, mas ainda uma luz baça, pálida e não verdadeira, é somente quando somos arrancados desta dicotomia dualista e vislumbramos a realidade Uma, independentemente de uma causa sombria ou um principio luminescente, é que temos uma probabilidade de então ver a verdade.Mas de uma maneira muito singular preferimos fugir a este contexto, então amigos o trato com a verdade é simples, como simples é nossa verdade mais interna e profunda, no entanto as causas exteriores a esta interioridade são complexas,engrimamaçadas e repleta de ardis e auto-preparadas para nos ludibriar, lidando e se expondo com a dicotomia direta dos baixos ou básicos sentimentos do homem, que sejam egoísmo,orgulho e vaidade, os restantes são variações do mesmo tema, ampliando-se a natural intensidade.
Então é preciso estar com uma doença degenerativa qualquer que nos lance um atalho imediato para a morte, para que recuperemos a intensidade de viver, para busquemos a intensidade de estar vivos, a força de acordar dia a dia querer viver para fazer exatamente a mesma coisa que cotidianamente se faz,é preciso perder para ganhar?Mas é ai que surge o diferencial amigos nenhuma intensidade,beleza e prazer vem de fora amigo, este é um valor teu e unico, do teu Si profundo, o amor Cristico pode vir ao teu encontro neste momento,mas se não houver em ti a abertura, o receptáculo a chama que incendeia a alma, nada ocorre, tudo converte-se em uma breve, simples e curta manifestação emotiva que mais atrapalha que mesmo inspira.
Será preciso então perder tudo e a todos para que recuperemos os embotados sentidos de intensidade que a tosca repetição insensibilizou? Será preciso que o amor morra para que possa nascer? Será preciso tantas sombras? Talvez aí amigo esteja o real sentido de todas as dores, o cuidado com si mesmo. É claro mais adiante existem os estágios mais profundos, onde torna-se necessário eliminar o que é humano em demasia para que a sublimação da manifestação mais sutil possa predominar, mas a estrada é longa até lá e infinda,mas o principio básico é colocação ao que existe de mais importante e belo que é este momento, se não houver percepção de entender este momento como o instante mais intenso da tua vida, então ainda é porque precisamos das sombras para nos darmos conta que não precisamos de sombras e que somos essencialmente luz.

Todas as coisas a tua vida apontam caminhos, o teu mérito real é a percepção de ti mesmo, a fora nada é muito importante mas o que está em ti

Fraternalmente
Fabiano.

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