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segunda-feira, setembro 10, 2007

Uma marca, uma sublimação

Mais de definitivamente na vida, tudo absolutamente tudo tem seu preço vivo, as vezes morto, mas o que em verdade fica é o éter de nossas reais e profundas emoções, por vezes a beleza cálida grita em formas disformes, por vezes o breu obscuro sorri com dentes afilados e brancos em ironia discreta e bizarra, diante de um quadro apelativo da existência, que insistimos de repetir.
Hoje em dizer do povaréu e comum, violentei meu corpo mas desfraldei minha alma, isto é um ponto em dor e sangue, para nascer das entranhas de minha pele ordinária a sutil beleza que inspira em sua silenciosa aparência a imortalidade, a beleza simbolizada em verdade ultima, que em nossa pequenez de raciocínio estreito, de alma incubada, percebemos em raso entender, não mais que o dúbio,certo ou errado,acima ou abaixo, por que na concepção hodierna o caminho do meio é uma falsidade! É amigos, acho que Buda errou?O caminho do meio, é o peso certo em ambos os pratos da balança,mas isto nos gera uma grave incomodo,a insatisfação de perceber o que somos e captar a exata dimensão das qualidades daquilo que é,e eventualmente ver a vida assim longe de nos encantar, nos traz desconfortáveis questionamentos e longa exaustão!
Limitados, limitamos ao que é possível e entendível a nossa mente, ou mais facilmente condicionante em relação poderíamos descobrir com os olhos desnudos e um coração puro.Bem talvez nossa indubitável e duvidável aparência, talvez exaspere para fazer calar nossa essência? Talvez, aos apelos mais próximos que a razão, ou que na tentativa de ter sentimentos etéreos, imaginamos, capturamos e os naturalmente perdemos. Queres conservar eterno o nobre em ti? Aprende a deixá-lo livre até de ti mesmo, deixa teus carinhos ganharem os céus em busca do infinito,daquilo que embora sejas tu mesmo,não o entendes assim.
E a vida irrompe em esplendida expressão,de minha dor o belo vem a luz, de todas as dores pudessem não ser em vão,que de cada lágrima tua pudesse brotar as flores da tua alma, de gemido de desespero teu, pudesses romper com o teu eu menor e dar costas a sombra.Quanto vale os teus nobres sentimentos?Até que ponto estarias dispostos a sacrificares a tudo por eles?E ser imolado de bom grado com a primazia de tua consciência em paz.Pagarias tal preço pela paz?Aos que querem tanto,não esqueçam de dar-se o tanto que querem, pois em vida seja ordinária ou extraordinário,sempre há o que de ti dar.

“Hoje dei de mim,dor e sangue, para dar vida e beleza a Ankh,a cruz egípcia de verdade última que mora em minha alma e agora em meu braço."

Fraternalmente

Fabiano.

Um comentário:

Anônimo disse...

Visão Noturna


Nos braços das horas,
desmaia a flor do dia
O sol fecha as asas
Reza o terço da agonia
A noite tange a hipérbole tristeza
A pobre alma violácea
fica ao relento,mirando
o relógio do tempo
A mão teima em
tecer sonhos impossíveis
A vida aborta a dor
Da madrugada nua
brotam óvulos fecundados
de polens de amor
As retinas cegas sorriem
Emocionadas choram
Excitadas imploram
o beijo grávido da euforia
No jardim da ilusão,
o coração brinca de semear,
o embrião da alegria,
para não morrer afogado
no poço da solidão.
Beijos
Lo