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sexta-feira, agosto 31, 2007

Amor

Deixa-me hoje falar de belezas, permiti que meu coração tome um austo na imensidão da vida e que em palavras consiga aprisionar momentaneamente a pureza de raros e nobres sentimentos, pois quando se fala ao coração, não podemos ser miseráveis e pobres de espírito, mas antes sim abundantes como a natureza, como amor de mãe, que liberta,alimenta,afaga e liberta ainda mais.
Mas como sondar o amor em sua manifestação mais bela e profunda?Não, não precisamos sondá-lo, antes sim mergulhar nossos cântaros vazios em sua fonte e ergue-los transbordantes,abundantes com a certeza infinda de que a fonte nunca seca, mas por vezes nos cântaros ficam velhos carcomidos e rachados, e o precioso liquido foge entre nossos desesperados dedos sem que nós alteremos nosso cântaro,é precisos amigos, trocar nossos cântaros, purificá-los para que ele não perca ou torne imunda a água da vida.Mas que seria isto?
Em palavras simples é apenas transpirarmos nossas emoções, libertar algumas, granjear outras, mas com todo vagar, e imensa paciência, por que todas estas coisas vós sabeis e a natureza sabe nosso limite.Mas ainda aqueles que não sabem ou entendem o porque de seu cântaro esta sempre vazio e sede é imensa? Por que com tudo em nossa vida é preciso saber, entender como fazer ou sentir, será que basta ter o alimento a mesa para saciar-se a fome?Não, é precioso come-lo,saboreá-lo, mas este gesto é seu, ninguém poderá a ti satisfazer, desejai que outros comam e que tu sintas a satisfação? O teu amante torna-se assim, por que ele nada faz a não ser acordar o amor que existe em ti, mas ele não é o amor em si, se na sua falta tua fonte fenece, sabei que nunca amaste na verdade, tinhas uma necessidade, e um apego ao cântaro, mas o cântaro não é amor.
Perguntaram então a formiga o que era o amor para ela?Para ela o amor era a pequena folha que carregava que então lhe permitiria viver e compartilhar a vida com suas semelhantes.Então perguntaram ao anjo que seria ao amor?Ele sorriu e disse:amor é toda e qualquer manifestação ou imanisfestação de vida, que permite a vida. O anjo e a formiga são unos, pois aquilo que não te acrescenta amigo(a) certamente não é amor.
Curiosamente amigos, nós fazemos do amor tudo aquilo que ele não é,e com isto matamos em nossa alma aquilo que verdadeiramente ele é, e isto nos conduz a um turbilhão de conflitos em uma ânsia incontida que aprisionar o amor,muitos misturam o amor as misérias humanas, e o tornam miserável, iguais aos mais baixos sentimentos humanos .Poderiam os prisioneiros amar o seu objetos de tortura?Muitos amam, mas não sabem o que estão fazendo.
Gostaria de dar-vos instrumentos para que pudesses sentir o amor, mas meu cântaro é raso, por um breve instante aprisionei o amor as minhas palavras e dele pouco disse, por que quando a fonte é infinda todos somos muito diminutos, tornei-me pequeno diante deste altar, que o silencio que é a voz mais profunda possa a ti dizer o que sentes, por agora não quero adulterar o refinamento, e nem empoeirar tua plácida luz.
Para que ele viva é preciso que morra, sempre e quieto, por agora morramos para vivermos ainda mais.


A palavra amor em verdade me dá asco e enfado, por estar profundamente corrompida,mas é palavra humana para humanas emoções,e a estas estamos de alguma forma atrelados, presos e cativos.

Fraternalmente

Luís Fabiano.

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