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quarta-feira, julho 25, 2007

A dor que aflige

Caminhar pelas ruas da cidade é oportunidade impar de se deparar com a “realidade”, espelho de tortura causticante que a todas as pessoas assola , o dia tinha sol, belo astro rei triunfava galhardamente acima de nós, um céu aberto em anil de esplendor...mas então olhamos para baixo, a nossa volta, naquele instante de rua movimentada, pessoas apressadas passo militar, atrasadas, carros, movimento caótico, por isso que eventualmente devemos olhara para baixo para termos uma idéia daquilo que nos cerca ou seja nós mesmos.
Seguia meu passo, calmo quase contemplativo, digno de um candidato a chela, então uma cena curiosa cruzou meu caminho...uma moça com passos trôpegos, cambaleantes tendo as duas mãos na face chorava profundamente, uma dor daquelas que laceram a alma, normalmente não dou atenção, avalio sempre como espectador sentado confortável em minha poltrona apeluciada, mas ao ver tal cena, algo em mim se confrangeu, de alguma forma senti em mim que desejava o não sofrimento dela, queria que se possível ela tivesse sua alma em paz, paz rara que custa atitude benéfica em relação a si e a vida. Interrompi meu passo e parei diante dela, perguntei se estava tudo bem com ela? Ela enxuga as lágrimas e diz, que sim, um sim que mais significava não ter jeito, e perguntei se ela gostaria de conversar talvez expor o que estava havendo.Ela disse que não, mas que estava se sentindo melhor e ia embora. E foi.
E eu fiquei aqui pensando comigo, nos milhares de sofrimentos a que esta humanidade esta exposta, sofrem, por sofrer, muitos e a maioria sem entender o porque, pensei mesmo nas dores que afligem a alma, a dor que as vezes não está em nós, mas em outrem e tudo passa como se não existisse, e não existe.No quanto nunca de maneira contumaz não pensamos em ninguém a não ser em nós mesmos, e as vezes mesmo quando pensamos em outrem ainda estamos pensando em nós!
Sei que o outro não é algo muito importante para nós, o outro é apenas o outro, nada ou muito pouco significam, mas por vezes é necessário pensar na dor alheia, nas dores que não temos, talvez você me ache pretensioso, mas naquele momento tive pena da humanidade, naquele momento gostaria mesmo que todos pudessem tomar um novo caminho ao encontro de si mesmos e traçar nas vias reais da vida a meta de paz, não amanhã, mas hoje, neste instante, gostaria mesmo que parássemos de cavar esta imensa sepultura , e pudéssemos olhar a vida, o sol, talvez inocência? Sim talvez, eu critico de inocências,mas em meio a tantas coisas as vezes é possível ser simplesmente puro...puro, quase ingênuo, porque neste momento não é importante julgar, em determinados instantes nada de conceitos, nada de julgamentos apenas enxugar de lagrimas, apenas acalentar a alma, apenas fazer dormir em paz.

A uma humanidade sofrida e fatal.

Fraternalmente

Fabiano.

2 comentários:

Anônimo disse...

Amigo de minha alma este sentimento teu de pena da humanidade é meu também....lamento a guerra que existe dentro de cada um por saber que ela é causada pela total ignorância dos indivíduos e suas limitações. Não somos vítimas a não ser de nós mesmos. As longas tempestades muitas vezes são densas e sem calmarias, mas a brisa leve depois da tormenta é como o sol beijando a terra após a longa madrugada fria....experiência própria meu amigo....paz em ti
Namastê

Sheela

Fabiano disse...

Obrigado bela Sheela, é bom saber que temos pessoas que lamentam não cínicamente, mas espargindo as flores de sua alma neste tão temeroso momento evolutivo.Grato e eterna paz.