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segunda-feira, junho 11, 2007

A última dança

Despedidas, sinceramente é algo que detesto creio que poucos gostam, claro tão somente quando nos livramos de algo profundamente desagradável, afinal quem sente saudades de uma prisão, ou de mordaças? Mas tudo tem porém, a não ser que a vítima em si seja sadomasoquista, mas isso é outro assunto, são outras patologias.
Mas noto uma dinâmica em tudo que cerca a vida, todas as pessoas são unânimes em querer a chamada “ultima dança” que em outras palavras quer dizer o drama de dizer tchau, seja na morte, na vida no caso das relações, seja no que for, o dizer adeus é algo simples mas repleto de ritual.
Porque agimos assim?
Agimos assim porque não sabemos trabalhar nosso apego, somos em maioria direcionados, comandados por sentimentos e isso jamais é ou será uma atitude inteligente, o sentimento é uma energia motriz, o pensamento é um instrumento ambos devem trabalhar em equilíbrio, mas isso é só teórico, ser levados por eles é mais fácil,ser passional, ou matar por impulso é o normal, apenas para que você tenha noção, enquanto ego você não é seu pensamento e nem mesmo seu sentimento, és algo a parte disso algo muito além do binômio razão/emoção. A razão explica quase nada, e a emoção basta-se por si mesma, seja verdadeira ou ilusória e quase nada tem haver com a verdade.
Então você esta naquele instante final, seu pai morreu, sua mãe morreu, seu filho morreu, seu cachorro morreu, sua vida emocional de relação foi agonizou e transformou-se em um deserto árido, ou qualquer outra despedida que você se afinizar mais, mas, por favor não fique dizendo no derradeiro momento auto-consolos do tipo: Adeus, até nunca mais, deixe-me dar o último abraço, o último beijo, a última transa, a última puxada de cabelo, o último gás vindo do mais profundo dos teus intestinos...a ultima.
Tenha profunda noção que nada jamais voltará a ser como era antes, afinal na vida nada volta atrás, embora as pessoas aspirem construir o presente ou mesmo o futuro com material que veio do ontem, não queira que as pessoas tenham pena de você porque sua vida foi implodida, vá lamber suas feridas como os lobos, longe da sua matilha e não perturbe a ninguém.
Agora vem a justificativa, não justifique-se agora. Usando palavras do tipo, eu não esperava, eu não queria, eu não desejava, tudo aconteceu tão de - repente, e outras tantas correlatas que são a manifestação de nosso despreparo em relação à vida, tudo e absolutamente tudo muda de um segundo para outro. Quando você saí de casa não existe garantia de retorno ou mesmo de encontrar aqueles que você ama, lá no mesmo lugar como objetos de montar, isso não existe. A eternidade tem a duração de um segundo e nada mais.
Não desejo ultima dança de nada,desde que me conheço sempre tive predileção por cortes secos, retos, limpos e claro sem anestesia.Não busque a sua a anestesia, ela não deixa você sentir o que é a única realidade na vida.


Aos que entendem,desejam ou buscam.
Luís Fabiano.

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