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segunda-feira, maio 21, 2007

Vida Platônica

Em acurado pensar e meditar do final de semana cheguei a uma conclusão de sentido aberto, a vida realmente deveria ser platônica, as relações das pessoas deveriam ser todas platônicas, pois assim com toda certeza haveria uma possibilidade de darem certo.Corresponderiam a seus ideais de perfeição. É claro que psicólogos e psicanalistas apressadinhos dentro da conceituação acadêmica diriam sem pensar que isto é uma fuga da realidade!Que talvez o correto seria equacionar problemas e conviver com eles como ”bons” amigos, com um sorrisinho bovino nos lábios.
Não.
Para os que não estão familiarizados com a terminologia Platônica, é a busca daquilo que está alem dos interesses estritamente físicos, é a busca de um ideal sublime.Bem se a realidade do homem é o cheiro insuportável de suas atitudes para consigo e para o próximo, ou melhor o lixo com que conduz sua existência, certamente que sob esta angulação desejo fugir e fujo.Sou praticamente invisível.
Toda a relação que se torna exclusivamente humana esta fadada a falência, pois dentro desta estreiteza aguda de pensamento e emoção que por assim dizer alimenta-se das virtudes e defeitos da alma pouco pode ser feito, existe uma tendência materializante, sim o que hoje constitui uma novidade dentro de muito pouco tempo se transforma em um mar de tédio, como uma labirinto cuja a saída você sabe onde é!Mas os mais românticos dizem que o amor surge depois disso, não é verdade o que surge é um cuidadoso exercício de paciência(não estou referindo tão somente a relação de homem e mulher, mas do homem com o todo), a tendência materializante transforma qualquer criatura humana em um banco, um objeto de arrimo, um pedaço de madeira, um cabo de vassoura quebrado, talvez os culpados de plantão só vão dar-se conta disso quanto a morte varre da existência o tal objeto, e então ficamos com a aquela sensação de pasmo quase imbecil.
Até quando vamos perder?Passivamente?Que é preciso fazer para que a inteligência participe da tua vida? Quantos oceanos de lágrimas terás de derramar?
Mas no ideal platônico não existe dor, (diga-se de passagem, que bem a cara de nosso mundo atual, repleto de anestesias existenciais para todas as dores possiveis) pois a partir do momento que você sabe que tudo que você tem na vida é você mesmo e nada mais, que não existe nada lá fora, que a única pessoa que você pode contar é coma tua individualidade profunda, passamos a compreender que tudo nos agride fora é fruto da ignorância interna, falta de auto-cultura, de entendimento das tuas emoções sejam elas o que forem, falta de saber conduzir-se para ideais mais arraigados e intrínsecos,se faltar isso amigo, bem, falta tudo, saiba que não existe ninguém que possa satisfaze-lo a não ser você mesmo.Se depositas tua felicidade na mão de outrem, esta já tem data de validade.
Amigo, amiga, guarde isso em seu coração, NADA É ABSOLUTO, tudo aquilo que você quiser transformar em absoluto e que esteja fora de ti é fruto da tua ignorância, se assim o fizeres é certo que irás sofrer.
Hoje fiquem com o doce manjar
e minha suavidade táctil.
Uma boa semana a todos

Fraternalmente
Luís Fabiano.

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