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terça-feira, maio 15, 2007

De Flores e de espinhos

Como tu caminhava na relva, de pés desnudos hora sentindo fundo a terra do caminho, estrada longa que a todos acolhe com indiferença, nem mal e nem bem apenas é, o restante são nossas escolhas equivocas ou acertadas, sim, ao perpassar da trajetória estes mesmos pés, alma de coração, naturalmente vão se ferindo pois o caminho hora é agreste, e aos poucos vão perdendo a inocência da passada, e então vem o medo do próximo passo, aquele passo... por fim parar, mas pergunto, pode-se parar de sentir amor ao bel prazer? Pode-se impedir que o vento sopre? Pode-se matar a beleza de uma alma?
Sabem, mesmo com tão íngreme caminho que a todos nos é comum, alguns com mais habilidade outros com menos, uns sofrendo mais outros com menos dor, apenas podemos acrescentar que é preciso saber apreciar as flores do caminho.
Os mais brutos desejam arrancar as flores e capturar-lhes a força o perfume, mas estes apenas tem algo morto em suas mãos, fruto de si mesmos e de seu próprio egoísmo, tal atitude mata as flores da alma, pois tudo que é belo e inspirador, vive livre, e livre que deve ficar buscando o Inefável, tudo aquilo que se deseja capturar a força, para nós exclusivamente, morto já está.
Muitos de nós queremos possuir as flores do caminho, mas nos recusamos a nos inclinar para sentir seu inesquecível aroma, talvez do alto nossa estatura ainda não aprendemos que sabedoria é flexibilidade quando tudo soa hostil e firmeza quando tudo são flores.
Hoje não desejo farpas ou espinhos, flores e perfume, hoje com indiferença na alma, desejo o teu perfume, se é que me podes dar, nem sempre podemos oferecer o melhor de nós, porque na maioria das vezes nem o sabemos do que se trata.Você sabe onde estão as tuas flores? Me ajuda, eu não as vejo, eu perscruto a ti e não as vejo e não sinto o aroma também, estarei eu cego e inolfativo?
Eu creio que não.

Paz no caminho.
Fabiano.

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