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terça-feira, outubro 10, 2006

Onde começa a dor...

Ai...ai...ai... como dói, minha cabeça dói, uma dor que não cessa nunca, doem minhas pernas e joelhos, doem meus olhos, doem meus pés, dói até o meu cabelo, dói a alma. Desejo imediatamente um anestésico capaz de aliviar a dores da vida, as dores da ignorância, estou enfadado de dores.
Jamais compreendia os acontecimentos desagradáveis de sua vida, os dissabores que são intransferíveis e somatizados, conduzi-nos por caminhos ocultos do inconsciente gerando dor, a dor física é resultado de desarmonia da alma, simples fatalidade de quem ignora por onde anda,como anda e para onde vai,então, na mais simplória manifestação da natureza, da vida e do universo, existem as leis, leis naturais que não conseguimos entender por mais óbvias que elas pareçam, ou simplesmente não temos interesse em entende-las, essa ordem universal, e a dor começa aí, pelo choque entre o que desejamos e o arcabouço das leis regentes.
A natureza foge do desequilíbrio, fugimos nós, de nós mesmos, fugimos o mais rápido possível de entendermos o porquê de nossas lagrimas, deixamos que seja coisa do destino, ou Deus, ou o nome que mais nos afinizarmos, mas entenda, ninguém coloca dores em nossos caminhos a não ser nós mesmos.
É preciso ter luz nos olhos como diz a musica de Cássia Eller, luz capaz de espargir as sombras, sombras feitas de medo, de ignorância, de egoísmo e orgulho causas definitivas de toda dor, então amigos torna-se bastante óbvio que para romper a dor é necessário aprender a ver e rever, reinterpretar os caminhos, e abdicar-se de si, disto surge a compreensão que liberta e a ação permeia o destino de paz, tranqüilidade e harmonia.
Os anestésicos são necessários, são beneplácitos divinos, no entanto poderemos entupir nossos rabos de remédios, mas que remédio usaremos para anestesiarmos as dores da alma? Que agulha hipodérmica futucaremos as emoções cristalizadas?
Sem dó.

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