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quarta-feira, outubro 04, 2006

O mistério do Silêncio

Para o homem profano e inexperiente, o silêncio é uma simples ausência de ruídos, sobretudo de ruídos físicos.
E, como o ego humano profano a morte. O homem comum se afoga literalmente no oceano pacífico do silêncio. Um padre, interrogado se fazia de manhã uma hora se silencio meditativo, respondeu-me que, se o fizesse,iria enlouquecer.
Silêncio é receita - ruído é despesa. E quem tem mais despesa do que receita abre falência.Aliás,esta nossa pobre humanidade de hoje esta permanentemente falida.
A razão deste horror ao silêncio é o conceito radicalmente falso sobre o silencio.
Mas entre mil pessoas não encontramos uma que entenda por silencio uma grandiosa atitude de presença cósmica ou uma fascinante plenitude universica. Só pensam em silencio como ausência e como vacuidade e, como a natureza tem horror á ausência e à vacuidade, esses inexperientes não podem amar e quere bem ao silencio, que não lhes parece fecundação e enriquecimento da alma.
Mesmo no terreno meramente humano vale esta matemática:o homem que já superou e se desiludiu da esperança de encontrar na zona meramente periférica das exterioridades relativas e inconstantes a verdade da Divindade, dirige-se, como o girassol, ao centro do Absoluto e constante da Realidade.
Pode-se dizer que a Teoria da Relatividade é uma fuga de todas as coisas relativas e um refugio para dentro do Absoluto.
Quem não vislumbrou, ou pelo menos farejou o Absoluto, em longos e profundos mergulhos de silencio, não sente a vacuidade dos Relativos e o desejo do Absoluto.
O silencio é a linguagem do espírito - que é interrompido pelo falar.

Huberto Rohden - Eistein ,O enigma do Universo.

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