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quarta-feira, julho 26, 2006

Intruções Teosóficas

Há pensamentos e emoções que tendem à unidade, como o amor, a simpatia ,a reverência, a benevolência; há outros que tendem para adesunião ,como o ódio, ciúme, inveja, orgulho, crueldade, medo. Em todos estes pensamentos e sentimentos que são claramente errados, reconhecemos uma nota dominante, o pensamento no eu; enquanto em todos que são claramente certos reconhecemos que o pensamento é voltado para os outros, e que o eu pessoal é esquecido. Pelo que vemos que o egoísmo é o único grande erro, e que o perfeito altruísmo é a coroa de toda a virtude. Isto nos dá uma regra de vida. O homem que deseja cooperar inteligentemente com a Natureza deve deixar de lado todo o pensamento de vantagem ou prazer para o eu pessoal, e deve devotar-se exclusivamente ao cumprimento daquela Vontade pelo trabalho para o bem estar e felicidade alheio.
Este é um ideal elevado, e difícil de atingir, porque há atrás de nós uma longa história de egoísmo. A maioria de nós está ainda longe da atitude puramente altruísta; como trabalharemos para conseguí-la, carecendo como estamos da necessária intensidade em tantas das boas qualidades, e possuindo tantas que são indesejáveis?
Se encontramos más qualidades em nós, elas devem ter crescido devagar através da ignorância e pensamento auto-indulgente. Agora que a ignorância foi dissipada pelo conhecimento, agora que em conseqüência reconhecemos uma qualidade como má, o método de a vencermos ressalta nítido diante de nós.
Para cada um destes vícios há uma virtude contrária; se encontramos um deles se exaltando em nós, imediatamente determinemo-nos deliberadamente desenvolver em nós a virtude contrária. Se um homem percebe que no passado ele tem sido egoísta, isso significa que ele construiu em si o hábito de primeiro pensar em si e agradar-se, de consultar sua própria conveniência ou seu prazer sem a devida reflexão sobre o efeito nos outros; que se disponha a trabalhar intencionalmente para formar exatamente o hábito oposto, estabelecer uma prática de antes de fazer qualquer coisa pensar como isso afetaria todos em seu redor; que se habitue a agradar os outros, mesmo que seja ao preço de problemas ou privação para si. Também isso com o tempo se tornará um hábito, e com seu desenvolvimento ele terá matado o vício.
Se um homem se encontra cheio de suspeita, pronto para atribuir motivos perversos para as ações daqueles à sua volta, que se proponha a constantemente cultivar a confiança em seus companheiros, a dar-lhes crédito sempre pelos motivos mais elevados possíveis. Pode ser dito que um homem que faz isso abre-se a ser enganado, e que em muitos casos sua confiança será desperdiçada. Isso é de somenos importância; é muito melhor para ele que algumas vezes seja enganado como resultado de sua confiança em seus companheiros do que prevenir-se de tal engano mantendo uma constante atitude de suspeita. Além disso, a confiança engendra a fé. Um homem que é afiançado geralmente prova-se digno da confiança, enquanto que um homem que é posto sob suspeita logo vem a justificar tal desconfiança.
Se um homem encontra em si a tendência à avareza, que saia deste caminho sendo especialmente generoso; caso se encontre irritável, que definidamente adestre-se na calma; se está devorado pela curiosidade, que deliberadamente recuse sempre e sempre gratificar tal curiosidade; se é predisposto à depressão, que com persistência cultive a jovialidade, mesmo sob as mais adversas circunstâncias.


C.W. Leadbeater - Manual de Teosofia.

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