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quarta-feira, julho 19, 2006

Aos Terrícolas...

O cidadão terrícola atinge o inicio do terceiro milênio, atirado á crista das ondas turbilhonantes de uma civilização eletronizada, servida por computadores e “robôs”, deslumbrada pelo transplante de órgãos e consagrada pela conquista da Lua!Mas infelizmente, ela já não duvida de que se encontra á beira de implacável destruição provocada pelos excessos de ambição, ateísmo, orgulho e falta de ética e vaidade.
O homem moderno, exclusivamente preocupado com sua saúde e eficiência do equipo orgânico, procura extrair dele o máximo de gozo e prazeres, embora ainda não saiba o que é,de onde vem ou para onde vai! Requinta-se no vestir, comer e divertir-se. Ativa epicuristicamente todos os desejos e vive as mais indisciplinadas emoções, porem sem conseguir libertar-se do pelourinho das sensações. Através de uma vivência desnaturada e sem qualquer controle sensorial, confundindo a exploração insensata do corpo físico com a autenticidade humana, o cidadão terrícola vive submisso ao primarismo de uma existência física sem qualquer identificação com a alma.
Malgrado a era dos computadores e da conquista da lua, além da ebulição das idéias e conceitos incomuns, que consagram gênios, filósofos e cientistas de alto gabarito o homem civilizado e orgulhoso do século XX ainda não se livrou do arcabouço rígido e brutal do troglodita. Movendo-se no cenário do mundo atual, como cidadão bem condicionado, em sua intimidade ainda grita o ser pré-histórico. Apesar do desesperado esforço para adaptar-se ás regras, convenções sociais e aos costumes que esquematizam a vida civilizada, dois terços da humanidade terrícola tem agido de modo tão cínico, brutal, desregrado, desonesto e imbecil, cujas características remontam a acontecimentos próprios do homem das cavernas!
Embora o homem terrícola alardeie um senso de justiça superior incentive os mais avançados progressos de filosofia e psicologia em favor da higidez mental,detenha poderes técnicos científicos que ultrapassam as faculdades mágicas das fadas e dos gênios de antanho,ele ainda não passa de um desventurado açougueiro,que talha e esfrangalha a carne humana nas charqueadas das lutas fratricidas ,em defesa de retalhos de pano patriótico e de limites de Terra que só pertencem ao Criador.Em sua insânia mental e primarismo ético,o poder publico então arrebanha e seleciona os jovens mais sadios e perfeitos de sua pátria;depois os uniformizam e os submetem a treinos específicos de belicosidade,e então os enviam aos matadouros das guerras carniceiras,onde eles decepam mãos,braços e pés,mutilam orelhas,deformam as faces e vazam olhos,desfigurando a fisionomia que a natureza levou milênios aprimorando para refletir a sabedoria a ternura da alma.
Continua...

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