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quarta-feira, julho 27, 2016

TETAS DE ELISA

TETAS DE ELISA

A vida é simples
Por vezes doentia ao mesmo tempo
Assim somos Elisa eu
Ela ali jogada e nua
Era uma poesia maldita e linda
Éramos amantes vagabundos e a espera de nada
O marido de Elisa, doente e do mal...
Pessoas doentes também são do mal
Eu não sentia culpa, de certa forma entendo que ele merece toda a traição
Fez Elisa passar por poucas e boas
Abusou dela
Maltratou
Filho da puta

Então fudiamos sempre que possível
E a felicidade se fazia assim
Entre goles de alguma bebida qualquer
A filha de Elisa havia crescido
Mas ela ainda dava de mamar a criança
Coisas estranhas
Costumes incomuns
Não me importava com isso
Nunca me importo com nada
Porque eu chupava aquelas tetas enormes
De onde vertia um leite sem gosto e quentinho no meu rosto
Eu era um pequeno filhote

Um vaso de paixões sem macula
Um vagão de ternura, pecado e caos
Nos olhávamos com calor
E sem palavras nos agarramos
Com fome e febre
Animais
Animais
Animais
Nos devoramos com requintes de loucura
E tudo era tão maravilhoso
Beijos convertendo-se de mordidas
Carinhos transformando-se em tapas
Afagos metamorfoseando-se em unhas afiadas
Tudo molhado e com cheiro maravilhoso de sêmen, sucos vaginais e merda
O cheiro ácido do leite morno e sem gosto...
Quero morrer
Quero que ela morra
E ambos morremos...
Quando gozo tenho a impressão de morte
Desfalecido e jogado...
Voltamos ao nada
Satisfeitos
Como a vida medíocre é.

L.F




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