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terça-feira, agosto 05, 2014

Nunca fui um Bom Marido (confissão maldita)



Nunca fui um Bom Marido (confissão maldita)

A real é que sempre soube disso, desde a primeira namorada. Dizem que as crianças são inocentes. Então eu lamento dizer que eu era um pequeno demônio, guerreando com minha consciência ainda franca.

O fato não há culpa de ninguém, nem de meus pais. Deram-me a educação muito boa. Filho único, eu era exigido, mas em mim existia um verme, a ferocidade, a loucura, a branda e silenciosa vertente da distorção, da revolução e inquietude. Me sentia diferente. Os loucos sentem assim sabe...

Tinha um cinismo como uma qualidade inerente a alma humana. Ninguém me ensinou isso, veio em meu dna. Veio em mim assim como outras coisas magnificas que despertam com o tempo e o gosto. Mas isso não importa mais.

Eu criei a minha própria revolução solitária, me engendrando na sociedade com muito prazer em cuspir em algumas leis cinicamente, porque assim é permitido, eu o filho da puta convicto, feliz enquanto, ejaculo sangue sobre você.

Mas deixa eu voltar ao tema, sou tomado e o verme em mim se agita e agiganta. Então vieram as mulheres, todas elas, todos os tipos, velhas, feias, lindas, patricinhas, putinhas encantadas, religiosas, arrombadas, virgens de quarenta anos, todas e uma fatalidade: todas queriam me converter no dócil maridinho, feito de amorzinho, casa, cachorro, um passivo da existência.

E houve um tempo que imaginei que isso fosse felicidade, assim acreditei plenamente. Cinicamente me moldei convencionalmente idiotizado, em nome do amor. Eu era cobrado, exigido e tudo isso para ter a graça de alguma emoção, e o direito a um pequeno pedaço de pele flácida, gelatinosa chamada de buceta.

É foda.
O amor se desgasta rapidamente ou lentamente depende de como você queimar o combustível. Sim, eu queria ser o flácido marido, e que a puta, a esposa trouxesse o que nenhum ser humano é capaz de dar a outro, felicidade em bicas, ela deveria isso...a mim e eu a ela...

Mas ledo engano meu.
Se você não é feliz por si mesmo, isso não o tornará por mim, e mesmo os filhos. A felicidade baseada nos filhos, é a projeção do recomeço que você não terá em si, mas naquela personalidade nova, ingressante, você torce para que seja melhor que você... e quando ele não é... será uma tristeza que você arrastara por muito tempo, mas o amor ainda sim justifica tudo.
E definitivamente eu não sou este homem.

Não sou moldado a isso...e não sou enquadrável. Me vejo como um selvagem, um brutal estranho. Certamente não sou como você.
Acabei rompendo com todas...para felicidade delas eu digo, ou elas romperam comigo e isso foi até eu mudar meu padrão.
Revesti meu cinismo de verdade.

Passei a agir como um filho da puta explicito e convicto, como uma trepada no calçadão ao meio dia. E foi magico, desastrosamente magico. Destrancaram-se os baús das bucetas e quanto mais canalha exposto eu era parecesse, tudo fica melhor, assim minha consciência mergulha na paz, nestas noites medonhas de Pelotas.
Pois você e eu sabemos que é verdade... respiro o oxigênio dos santos e chupo as tetas de um dragão, ejaculo esperma no seu banheiro e me ergo como um cavalo louco destilado da noite.

É, eu não sou um maridinho, feito de fodas prontas e previsíveis, em dias certos, não sou o pai ou o irmão também.
Yes...

Mulheres fechem suas pernas agora, porque de alguma forma eu estarei ali faço um caminho maravilhoso das letras ao até o clitóris ...me misturo entre pensamentos e emoções e líquidos vaginais, com teu cheiro de um dia inteiro, na tua menstruação, nos teus lábios vaginais grudados de cio...e nas tuas emoções sujas e puras, melhores e piores, teu suor e teu sexo.
E se você sorriu ao ler a minha confissão maldita, és cúmplice.

Luís Fabiano.



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