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quarta-feira, abril 30, 2014

" Trecho Solto...




Trecho Solto...

Ela tremia sentia as mãos congeladas que lhe apertava e beliscava os mamilos. Esforçava-se com as duas mãos, mexendo para frente e para trás. A punheta tava indo bem.  Mexia e olhava em torno. Ninguém. Não aparecia ninguém. Aquilo era um deserto semicongelado.” Ai, mãe do céu, se aparecesse um policial e caísse de pau em cima deste negro sem vergonha.”  

Continuava mexendo com as duas mãos e olhando de um lado e outro. O pau continuava na as frente dela, apontando como um canhão, a meio palmo do seu rosto. De-repente, soltou um jorro. E outro jorro mais.” Caralho! Estava com dois litros de porra no saco, o sem-vergonha!”, pensou Silvia. 

Surpreendeu-se. Não esperava aquilo tão rápido e já era tarde. Sentiu o sabor ácido-doce do sêmem na língua, garganta, nos lábios. O cheio acre da porra.
Entrou-lhe até pelo nariz. Soltou o pau. Limpou as mãos. Tinha lenços de papel no bolso. Procurou por ele, O sujeito agora se masturbava sozinho, frenético e ofegante. Continuava soltando jorros de porra em cima de Silvia, sujou-lhe o casaco. Ela virou o rosto. Cuspiu algumas vezes. Enjoada. O sujeito ficou meio desfalecido. Ela o empurrou e saiu caminhando depressa enquanto se limpava com lenços de papel e cuspia.

Escorregou várias vezes em poças congelada, chegou quase a cair no chão. Continuava com sabor do sêmem na boca. E tinha engolido um pouco. Sentia lá no fundo da garganta. ” Porque estava de boca aberta? Como é possível? Será que sou burra? Estava na portinha, o porco, fazia um mens que não gozava. 

Soltou dois litros de porra em cima de mim. Filho da puta desgraçado! Tinha de ser comigo. Não tinha nenhuma outra no parque. Se eu tivesse um revolver lhe dava dois tiros”. Ia vociferando e quase correndo, apesar dos escorregões. 

Blasfemava e tremia de frio, de nervoso, de fúria, de impotência.

Extraído da obra - O insaciável Homem-Aranha
Autor –Pedro Juan Gutierrez

Páginas – 12 e 13.

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