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segunda-feira, abril 07, 2014

Apoteose flertando com a sarjeta




Apoteose flertando com a sarjeta

Tudo e todos tem seu máximo...
Tudo e todos nós, temos o nosso momento...
Às vezes é tudo
As vezes vazio
Uns sorriem no abismo mais denso
Outros choram na aurora mais linda...

Apoteoses tecidas...
Das sanidades e loucuras que cada um traz...
Você está aqui...

Hitler dominando uma Alemanha cega...
Júlio César masturbando um cavalo...
Cristo sendo crucificado
Calígula decepando cabeças para gozar sobre elas
A iluminação de Buda no silencio
Messalina trepando com a legião romana...
O gol que Pelé não fez...

Um nocaute de Mike Tyson em  dois segundos
A Monalisa sádica de Leonardo
O escravo que conseguiu fugir incólume
O casamento que funcionou...
A Capela Sistina vazia...
A Nona de Beethoven
A picada da cobra Rei...

Um tigre te olhando fixamente
A doença fatal que você venceu
O fio de uma navalha
Apoteoses...
Mudas
Berrantes
Doces
Amargas

Quando você encontrou e foi encontrado
Quando os teus filhos cresceram felizes
Quando os nós foram enfim desamarrados
A saída luminosa do labirinto
Você conseguindo morrer tranquilo

Apoteose
E estrelas sorriem enquanto você dorme
E a lua refletida com a mesma beleza
tanto no oceano
 como
Na sarjeta.


Luís Fabiano.


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